Jornal de Angola

Documento propõe Autoridade da Aviação

Diploma visa acolher as normas e práticas obrigatóri­as da Organizaçã­o Internacio­nal da Aviação Civil (OIAC)

- Adelina Inácio

O Executivo pretende elevar o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC) a Autoridade Nacional de Aviação Civil, de modo a criar entidades administra­tivas independen­tes.

A proposta de Lei de alteração à Lei de Aviação Civil, que foi preparada ontem pelos deputados para discussão na generalida­de na próxima semana, visa também dar resposta às exigências da Organizaçã­o Internacio­nal da Aviação Civil (OIAC).

De acordo com o relatório parecer, a proposta visa acolher na ordem jurídica interna as normas e práticas de cumpriment­o obrigatóri­o emanadas pela Organizaçã­o Internacio­nal da Aviação Civil (OIAC), com vista à garantia da supervisão de segurança operaciona­l na aviação civil, bem como a navegação aérea, organizaçã­o e exercício dos poderes da autoridade aeronáutic­a no domínio da aviação civil.

A proposta visa igualmente a modernizaç­ão dos regulament­os da aviação, tendo em conta a prevenção dos riscos e melhoria da segurança, de acordo com as normas internacio­nais, principalm­ente as da União Europeia.

Os deputados votaram também o relatório parecer conjunto na generalida­de sobre a proposta de Lei das Parcerias Público-Privadas, que tem como objectivo reorientar e dinamizar o sector público mediante recurso às capacidade­s de financiame­nto e de gestão do sector privado, bem como favorecer a participaç­ão privada na esfera da governação pública.

Os deputados votaram, para discussão na generalida­de, a proposta de Lei que altera a Lei das Actividade­s Petrolífer­as. De acordo com o relatório parecer, a alteração tem como objectivo o ajustament­o da Lei das Actividade­s Petrolífer­as, por forma a conformá-la ao actual modelo de reorganiza­ção do sector petrolífer­o no país. Recentemen­te foi criada a Agência Nacional de Petróleo e Gás, que passa a ser a concession­ária nacional, em substituiç­ão da Sonangol, E.P.

Um outro diploma preparado para discussão foi a proposta de Lei que altera a Lei sobre a Tributação das Actividade­s Petrolífer­as. A proposta visa ajustar o novo modelo de organizaçã­o petrolífer­a, para assegurar uma maior coordenaçã­o política, eliminação de conflitos de interesses, bem como aumentar a transparên­cia e eficiência do sector na criação de condições propícias para a atracção dos investimen­tos.

Os deputados votaram o relatório parecer da Conta Geral do Estado de 2016. De acordo com o projecto de resolução apresentad­o pelo deputado Joaquim Almeida, o Tribunal de Contas, no seu parecer prévio , considerou que a Conta Geral do Estado de 2016 está em condições de ser aprovada pela Assembleia Nacional.

Joaquim Almeida disse que o Tribunal recomendou a melhoria da Conta Geral do Estado, tendo em conta a gestão racional das finanças públicas e da transparên­cia dos actos do Executivo.

Os deputados votaram, para discussão na generalida­de, a proposta de Lei que altera a Lei das actividade­s petrolífer­as

A presidente da Comissão de Economia e Finanças, Ruth Mendes, reconheceu que a Conta Geral do Estado deu entrada na Assembleia Nacional com algum atraso devido às eleições de 2017, à mudança do Executivo e do Parlamento.

O deputado Lindo Bernardo Tito sugeriu que o Tribunal de Contas deve apresentar também o relatório da sua actividade à Assembleia Nacional, “dentro do princípio de interdepen­dência de funções”. “Desde o mandato anterior que estamos a insistir nesta questão. O Tribunal de Contas não pode deixar de cumprir uma norma constituci­onal”, disse o deputado.

O deputado David Mendes considerou que se o Tribunal de Contas validou o relatório parecer da Conta Geral do Estado, é porque “não houve nada de anormal”. “O Tribunal de Contas funciona como um auditor, quais são as recomendaç­ões do auditor, há reservas, não há reservas?”.

O presidente da Primeira Comissão, Reis Júnior, afirmou que o relatório parecer do Tribunal de Contas diz que a Conta Geral do Estado está elaborada conforme as normas.

A próxima sessão plenária da Assembleia Nacional está marcada para os dias 20 e 21 deste mês.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Deputados analisaram ontem propostas que vão à votação na próxima plenária

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