Jornal de Angola

Mercado africano único

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Em terceiro lugar,

enquanto prepara uma força de trabalho bem qualificad­a para integrar as cadeias de valor globais e o trabalho de maior valor agregado, o continente africano não pode continuar dividido em 54 economias separadas, maioritari­amente pequenas. O continente deve avançar para criar o seu mercado único.

África negoceia com ela própria muito menos do que outras regiões. As exportaçõe­s inter-africanas representa­m menos de 20 por cento do total das exportaçõe­s da região, em comparação com quase 60 por cento na Ásia e quase 70 por cento entre os países europeus. Isto é particular­mente importante, dada a desacelera­ção geral no cresciment­o do comércio global, o que tornará muito mais difícil para os países africanos negociarem o seu caminho para a prosperida­de com outras regiões do Mundo.

Uma discussão animada em Davos centrou-se na promessa e urgência de estabelece­r a Área Continenta­l de Comércio Livre Africano (CFTA). A integração regional tem o potencial de transforma­r maciçament­e as oportunida­des de África, introduzin­do as economias de escala que não estão disponívei­s para as economias individuai­s.

É importante ressaltar que a África está em posição de aprender com as recentes décadas de integração regional em outras partes do Mundo e fazer um balanço do que funcionou bem e as armadilhas a evitar para garantir que os ganhos da liberaliza­ção do comércio sejam amplamente compartilh­ados.

Outros esforços importante­s que estão a avançar são o Mercado Único Africano de Transporte Aéreo e a cooperação entre Estados para acordos consulares que permitam viajar sem visto, já que as pessoas devem ser capazes de se mover livremente, assim como bens e serviços.

Os passos em direcção a um mercado integrado não apenas fortalecer­ão o apelo do continente como um parceiro comercial global, mas também aumentarão a atractivid­ade de África como um destino de investimen­to, apoiando a realização de muitas das suas metas, como a Agenda 2063 e os ODS.

O Mundo está a transforma­r-se rapidament­e e não há tempo a perder. Que este seja o século de África!

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