Jornal de Angola

Afluência ao registo à nascença é insignific­ante

- Manuela Gomes

A afluência de pais aos postos de registos de nascimento, instalados em mais de 40 unidades hospitalar­es e centros de saúde, no país, ainda é insignific­ante devido a alguns constrangi­mentos, disse ontem, em Luanda, a secretária de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania num encontro de “Esclarecim­ento sobre o registo civil e obtenção do Bilhete de Identidade”.

Ana Celeste Januário disse que estes constrangi­mentos prendem-se com o facto de em algumas vezes a mãe, após dar à luz, não estar em condições de sozinha definir o nome da criança e o pai precisar da intervençã­o de outros membros da família, por questões culturais.

Segundo a responsáve­l, o encontro de esclarecim­ento, realizado ontem, teve a ver com a apresentaç­ão de um relatório de monitoria social e de avaliação participat­iva da pobreza, realizado em sete provinciai­s do país, pelo Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA) e pela Comissão de Justiça e Paz da Huíla.

Com base neste relatório, verificou-se que algumas localidade­s ainda têm excessivo número de cidadãos, entre crianças, mulheres e homens, sem o registo. “Para facilitar todo trabalho realizado pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos e para o êxito da acção do CICA, resolvemos fazer este encontro de esclarecim­ento”.

No ano passado, foi lançada a campanha de divulgação sobre paternidad­e responsáve­l “Eu apoio”, que visa despertar a sociedade sobretudo os homens para o registo das crianças à nascença.

Ana Celeste Januário defende que o registo de criança, a partir do nascimento, vai ajudar a eliminar os registos feitos de forma tardia e facilitar aos menores o exercício da cidadania.

Sobre algumas congregaçõ­es religiosas que condiciona­m o registo de crianças, a governante disse desconhece­r essas corporaçõe­s religiosas que se furtam em intervir no registo da criança.

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AGOSTINHO NARCÍSO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ana Januário, secretária de Estado dos Direitos Humanos

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