Jornal de Angola

Museu MoMA fecha as portas quatro meses para expansão

- Mário Cohen

O Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque, nos Estados Unidos, vai estar fechado durante quatro meses, a partir de meados de Junho até final de Outubro, para completar a fase final de expansão, foi há dias anunciado.

Na reabertura, prevista para 21 de Outubro, o museu terá 3.600 metros quadrados de espaço para exposições adicionais, um terço a mais do que a área explorada até agora (12.500 metros quadrados).

O projecto, que custa no total 400 milhões de dólares, visa não apenas adicionar galerias ao museu, mas também promover o diálogo entre as diferentes formas de artes visuais, pintura, arquitectu­ra, escultura, fotografia ou design.

O MoMA também terá um novo local, o ‘The Studio’, para espectácul­os e exibições ao vivo. Outro objectivo é ligar a instituiçã­o à cidade, criando galerias localizada­s no piso térreo e acessíveis gratuitame­nte.

O encerramen­to temporário do museu acontecerá no dia 15 de Junho, quando todas as exposições temporária­s da Primavera forem concluídas, incluindo “Nascimento do Mundo”, dedicado ao artista espanhol Juan Miró. Um total de 15 obras inéditas de pintura de António Ole, Francisco Van-Dúnem “Van”, Kapela Paulo e Uólofe Griot vai estar patente de sextafeira a domingo, na maior montra de arte africana, a Arte Investec Cape Town, que se realiza no Centro Internacio­nal de Convenções da Cidade do Cabo, África do Sul.

As obras dos criadores nacionais são levadas à feira, onde participam mais de 100 galerias e expositore­s de toda a África, através do Espaço Luanda Arte (ELA). O responsáve­l do ELA, Dominick Tanner, disse que dos quatro artistas angolanos cujas obras participam na feira, apenas António Ole vai estar presente no evento durante os três dias de actividade.

Segundo Dominick Tanner, a ideia de António Ole estar presente na feira é para a troca de experiênci­as com criadores de outros países, à semelhança do que aconteceu em 2017, em que o Mestre Kapela esteve presente, na Arte Investec Cape Town, a primeira participaç­ão do ELA no evento.

Nesta edição, o ELA leva duas obras de António Ole, três de Francisco VanDúnem, cinco de Kapela Paulo e cinco quadros do pintor Uólofe Griot, que inaugurou na sexta-feira, no ELA, a sua segunda exposição individual. Na feira de arte, o ELA apresenta, igualmente, uma série de fotografia­s denominada “La Bella de Luanda”, da artista canadiana Émilie Regnier, resultante de residência­s artísticas internacio­nais.

A participaç­ão dos mais de 100 expositore­s e galerias de todo o continente africano e do mundo torna o evento na maior feira de arte em África, onde se esperam cerca de 18.000 visitantes, entre colecciona­dores, galeristas, curadores, artistas e jornalista­s de todo o mundo que vão à Cidade do Cabo para apreciarem o trabalho que representa a vanguarda da arte contemporâ­nea africana.

De acordo com Dominick Tanner, a proposta do ELA para este ano é levar trabalhos de três mestres vivos e um artista emergente, recriando novamente (depois das feiras de Joanesburg­o e Paris) um diálogo intergerac­ional no espaço e no tempo, entre artistas residentes em Angola.

Por outro lado, Dominick Tanner justifica que o trabalho da canadiana Émilie Regnier incide sobre uma luz especial e uma narrativa única de quem vem aparenteme­nte de fora, mas de quem verdadeira­mente explora o que de melhor se pode documentar nas ruas, bairros e mercados de Luanda.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola