Heróis do 4 de Fevereiro querem promoção a general
A rainha do 4 de Fevereiro, Engrácia Cabenha, lamentou ontem, em Luanda, o facto de até agora os guerrilheiros que fizeram parte da luta de libertação nacional continuarem a viver em casas que não honram os esforços que empreenderam para que o país se tornasse livre.
“Perdemos toda a nossa juventude a lutar por Angola, mas, para nossa tristeza, continuamos sem casa, apesar de haver no país vários condomínios, centralidades, urbanizações”, lamentou. Em declarações ao Jornal
de Angola, depois de um encontro do governador de Luanda, Sérgio Luther Rescova, com os sobreviventes do 4 de Fevereiro, Engrácia Cabenha informou que, além dessa dificuldade, os nacionalistas também querem assistência médica e medicamentosa e cadeiras de rodas para alguns membros com problemas de locomoção.
O governador de Luanda prometeu interceder junto dos organismos de direito. Durante o encontro, os heróis do 4 de Fevereiro entregaram um Memorando com 11 pontos. O secretário-geral da Associação dos Heróis do 4 de Fevereiro, Agostinho Inácio “Kissekele” disse que num dos pontos pedem para ter consultas médicas no estrangeiro, bem como a promoção a general de três estrelas. “Essas preocupações já vêm do tempo do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos”, frisou.