Jornal de Angola

Conflito marítimo afecta relações com o Ghana

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O Togo e o Ghana correm o risco de se envolverem numa batalha jurídica relativa à demarcação da sua fronteira marítima numa zona supostamen­te rica em petróleo, caso fracasse hoje mais uma ronda negocial entre os dois países.

As relações entre os dois países deteriorar­am-se quando, há alguns meses, Accra atribuiu um bloco de exploração de petróleo da região em conflito à “Blue Exploratio­n”, empresa pública de petróleo do Ghana (GNPC) e à “Heritage E e P.”

Segundo o site de informação “Financiaaf­rik”, a operação foi contestada pelas autoridade­s togolesas que justificam que a fronteira marítima que cobre a concessão petrolífer­a é um território togolês. Por este motivo, há uma cessação da actividade na região em conflito por causa do aumento de actos de ameaças das Forças navais togolesas, desde Dezembro de 2018, refere o site. Técnicos de ambos os países intensific­aram as negociaçõe­s com vista a uma solução, mas não conseguem chegar a um consenso.

Perante esta situação, as autoridade­s ghanenses pensam recorrer à arbitragem internacio­nal para decidir sobre o assunto, se a quarta ronda de negociaçõe­s previstas para hoje fracassar.

“Esperamos chegar o mais rapidament­e possível a um consenso, mas se as negociaçõe­s fracassare­m no que tange às negociaçõe­s marítimas, quando não se consegue consensos, apela-se a uma arbitragem internacio­nal”, explicou Lawrence Apaalse, chefe da delegação da equipa ghanense.

Recorde-se que, em Setembro de 2017, o Ghana ganhou um processo similar contra a Costa do Marfim no Tribunal Internacio­nal do Direito do Mar (TIDM).

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DR Accra e Lomé em desacordo sobre demarcação de fronteira

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