Partido Popular pede eleições antecipadas
O líder do principal partido da oposição espanhola, Pablo Casado, do Partido Popular (direita) pediu ontem a convocação de eleições antecipadas, que considerou serem inadiáveis, depois do chumbo do Orçamento do Governo minoritário socialista.
Em declarações feitas no Parlamento espanhol, Casado sublinhou que o voto contra a proposta de contas do Estado “é um ponto de inflexão que marca o fim da trajectória de Pedro Sánchez à frente do Governo”.
Pablo Casado assegurou que o Partido Popular “está preparado” para voltar ao poder e “recuperar a legalidade e a concórdia na região da Catalunha”.
Os partidos independentistas catalães, que foram decisivos para a subida ao poder do socialista Pedro Sánchez em Junho passado, votaram ontem ao lado da oposição de direita na devolução ao Executivo da totalidade das contas do Estado.
A proposta de Orçamento Geral do Estado espanhol para 2019 foi rejeitada no Congresso dos Deputados (Câmara Baixa do Parlamento) com os votos da ERC (Esquerda Republicana de Catalunha) e do PDeCAT (Partido Democrático Europeu da Catalunha), que se juntaram ao Partido Popular, Cidadãos (direita liberal), Foro Asturias (regionalista) e Coligação Canárias (regionalista).
A totalidade das contas do Estado foi devolvida ao Governo por 191 votos a favor contra 158 e uma abstenção.
Pedro Sánchez e vários dirigentes socialistas têm afirmado que, sem orçamento, a legislatura, que devia terminar em meados de 2020, seria “encurtada”.
Pedro Sánchez tem agora de decidir se continua a governar, prolongando em 2019 o orçamento do Executivo anterior, de Mariano Rajoy, do Partido Popular, ou se convoca eleições antecipadas.
Todos os olhos estão postos no chefe do Executivo e a imprensa espanhola já avançou com prováveis datas para as eleições antecipadas.
Pedro Sánchez tornouse primeiro-ministro em 2 de Junho de 2018, depois de o PSOE ter conseguido aprovar no Parlamento, na véspera, uma moção de censura contra o Executivo do Partido Popular com o apoio do Unidos Podemos (coligação de extrema-esquerda) e uma série de partidos mais pequenos, entre eles os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.