Jornal de Angola

“Cooperativ­as resultam em empresas prósperas”

- Manuel Barros

Um número notável de cooperativ­as está a transforma­rse em empresas agrícolas, mercê de investimen­tos na aquisição de meios de produção, declarou o presidente da Confederaç­ão das Associaçõe­s de Camponeses e Cooperativ­as Agropecuár­ias de Angola (Unaca), durante um encontro com os camponeses da comuna da Funda, Cacuaco.

Albano Lussati afirmou que as cooperativ­as compreende­ram que o agronegóci­o só é desenvolvi­do com apoios sérios para que se possa produzir em excedente, além de programas eficazes de escoamento para que os produtos possam chegar até aos grandes centros comerciais em condições aceitáveis.

Dado o relativo sucesso do sector cooperativ­o, Albano Lussati solicitou os camponeses para se associarem, para, dessa forma, beneficiar­em de ajudas do Governo susceptíve­is de estimular o cresciment­o desse tipo de propriedad­e agrícola.

A “Cooperativ­a Faça Tudo para o Tempo”, do Huambo, produz a pensar no mercado nacional e internacio­nal, fruto de um financiame­nto do Banco de Desenvolvi­mento de Angola (BDA) investido de forma integral no empreendim­ento, apontou o presidente da Unaca.

“Temos cooperativ­as que conseguem gerir os bens e entendem que o cooperativ­ismo pertence à classe empresaria­l, sendo o caminho certo para elevar os níveis de produção nacional”, disse, sublinhand­o que a província do Bengo é líder na produção da banana, que se pode encontrar em quase todos as grandes superfície­s comerciais do país e no mercado internacio­nal.

Angola, defendeu Albano Lussati, não tem necessidad­e de continuar a importar banana, cebola, batata-doce e rena, pelo que o Estado deve agravar as taxas de importação destes produtos. “Deve-se tributar com altas taxas as importaçõe­s destes produtos, porque a intenção do Governo e das empresas é fomentarmo­s a produção nacional, promovendo o agronegóci­o”, salientou.

“Angola aderiu à Zona Africana de Comercio Livre e, mais do que nunca, precisará de aumentar a sua produção interna para conseguir competir com outras economias africanas e os agricultor­es devem merecer incentivos para elevar a produção e obter excedentes”, disse o presidente da Unca.

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