Atletas reclamam pagamento dos subsídios de deslocação
Um grupo de atletas nacionais reclama, desde o final do mês de Dezembro, os subsídios de deslocação ao exterior, após a participação de 5 a 12 de Dezembro de 2018, na oitava edição dos Jogos da Região 5 da União Africana, na capital do Botswana, Gaberone.
“Isto já é demais. Queremos o nosso dinheiro. Dizemnos sempre para irmos ao banco, e quando lá chegámos não encontramos nada. Esta situação frustra-nos”, disse um dos jogadores ao Jornal de Angola.
De acordo com um dos integrantes da missão desportiva, para cada jogador foi estipulado um subsídio de deslocação a rondar os 118 mil kwanzas, enquanto os treinadores e assistentes receberam 400 e 350 mil, respectivamente.
A missão desportiva nacional seguiu para Gaberone no dia 5 de Dezembro passado e regressou a Luanda a 17 do mesmo mês, com 17 medalhas de ouro, oito de prata e 26 de bronze na bagagem.
No evento, Angola medalhou nas modalidades de atletismo, boxe, futebol, judo, natação e ténis, com um total de 51 distinções, e ocupou a segunda posição no quadro geral.
A missão angolana para os Jogos da Região 5 da União Africana foi constituída por 1182 elementos, entre eles 104 atletas.
Além de Angola, fazem parte da Região a África do Sul, Moçambique, Namíbia, Zâmbia, Zimbabwe, Lesotho, Swazilãndia, Malawi, Maurícias e Seychelles.
António da Luz, chefe da missão desportiva nacional, reconhece o atraso no pagamento dos subsídios, mas apelou a calma aos atletas e garantiu que as ajudas de custo vão ser pagas.
“Acredito que nos próximos dias vai ser ultrapassada a questão. Estamos a trabalhar com a secretaria-geral do MINJUD. Há dificuldades nos bancos. São situações internas que não dominamos. Temos conversado com os atletas”, esclareceu.
O responsável garantiu que as listas para o pagamento estão no Banco de Poupança e Crédito (BPC). “As listas estão no banco. É um problema interno do banco. Isto está a causar muitos problemas, porque demos a nossa palavra aos atletas. Se não houvesse dinheiro era outra coisa, mas o dinheiro está disponível. É apenas um problema administrativo, que está a retardar a situação”, declarou com alguma estupefacção.