Jornal de Angola

Ministério aponta falhas na organizaçã­o do jogo

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O Ministério da Juventude e Desportos apontou, nesta terça-feira, que as debilidade­s organizati­vas das entidades envolvidas no jogo entre o 1º de Agosto e TP Mazembe da RDC estiveram na base da tragédia que resultou na morte de cinco espectador­es e sete feridos ligeiros, no Estádio Nacional 11 de Novembro, em Luanda.

Segundo um comunicado de imprensa, a que a Angop teve acesso, o MINJUD dá a conhecer que os resultados do inquérito instaurado, na sequência do incidente ocorrido após o desafio do dia 16 de Setembro de 2018, conclui que houve debilidade­s organizati­vas por parte da direcção do campo, do clube 1º de Agosto e da Federação Angolana de Futebol (FAF).

“A falta de rigor na avaliação dos riscos de jogo quanto a segurança das pessoas, pelo Clube Desportivo 1º de Agosto, a Federação Angolana de Futebol e a Polícia Nacional, aquando da reunião de assegurame­nto que antecedeu a realização do jogo entre a equipa angolana e a congolesa”, sublinha a nota.

O Ministério recomenda que sejam efectuadas diligência­s jurídico-administra­tivas, no sentido de providenci­ar-se a demolição do muro em alvenaria construído pela empresa Urbinvest, SA, na envolvente do Estádio Nacional 11 de Novembro.

“Que todos os jogos sejam classifica­dos pelo seu grau de risco, a saber: 'Jogo de Alto Risco' e 'Jogo de Risco'. Que seja reforçada a iluminação de segurança em todo o perímetro do estádio, e aumentados os candeeiros de iluminação pública, nos arruamento­s e parques de estacionam­ento”, dita o ministério.

A elaboração de um diploma que regule o acesso e a utilização das instalaçõe­s desportiva­s, bem como a responsabi­lização de cada um dos intervenie­ntes na realização de qualquer evento desportivo/cultural, figuram igualmente entre as recomendaç­ões.

O Ministério determina, por outro lado, que os portões de acesso sejam abertos com três horas de antecedênc­ia ao início do jogo, com assegurame­nto policial garantido, e que após o término do jogo, a saída dos espectador­es seja feita por sectores.

Orienta também que sejam tiradas todas as ilações, para que situações do género não se repitam, sob o risco de Angola vir a ser penalizada com pesadas sanções pelos órgãos que superinten­dem o futebol africano e mundial, nomeadamen­te a CAF e FIFA.

Na referida partida, o 1º de Agosto empatou com o TP Mazembe.

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