Tendência para o crime está a crescer em Angola
O comandante-geral da Polícia Nacional assegurou que a “Operação Resgate” está a produzir efeitos positivos na consciencialização dos cidadãos em torno da necessidade do cumprimento das suas obrigações de cidadania
O comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Paulo de Almeida, reconheceu, ontem, em Luanda, “ser crescente a tendência para o crime no país, caracterizada por actos repugnantes, desobediência, desrespeito às leis e às normas de conduta social”.
O comissário-geral Paulo de Almeida, que falava na abertura do programa comemorativo do 43.º aniversário da Polícia Nacional, a assinalar-se no dia 28 de Fevereiro, acentuou que a inversão do quadro é uma necessidade de toda a sociedade.
Paulo de Almeida lembrou que, no sentido preventivo, a actividade da Polícia Nacional é transversal e que a vocação da instituição é garantir a ordem e tranquilidade públicas. “Temos de estar na sociedade e com a sociedade para fazermos um bom combate à criminalidade”, declarou o comandante-geral da Polícia Nacional, que disse ter emergido, há 43 anos, na Angola independente “um novo corpo de Polícia criado para realizar a tarefa de garantia da segurança dos cidadãos, do normal funcionamento das instituições do Estado e, de um modo geral, da paz pública”.
Ao longo da sua existência, acentuou Gaspar de Almeida, a Polícia Nacional adaptouse à dinâmica social, política e operacional, a fim de corresponder aos desafios. “Traçámos estratégias, que permitiram à Polícia cumprir cabalmente a sua missão de garantir ao cidadão melhor segurança”, salientou Paulo de Almeida.
O comandante-geral da Polícia Nacional disse ser ainda uma realidade o registo de “comportamentos menos dignos por parte de alguns efectivos, que mancham a prestação positiva que a Polícia Nacional tem acumulado ao longo da sua trajectória”.
A Polícia Nacional, de acordo, referiu, estabeleceu linhas orientadoras, no âmbito de uma estratégia de prevenção e correcção de comportamentos ilícitos cometidos por efectivos da corporação.
A estratégia incluiu medidas de sensibilização dos agentes, sargentos, oficiais superiores e subalternos, comandos centrais e provinciais, destinadas sobretudo aos que têm contacto directo e regular com os cidadãos nos piquetes e na actividade de policiamento na via pública.
O comissário-geral da Polícia Nacional assegurou que a corporação tem tomado medidas disciplinares e criminais em relação aos que infringem as normas legais e deontológicas da função policial. Paulo de Almeida revelou que a Polícia estabeleceu, no seu plano de acção para o ano de 2019, objectivos que visam a contínua optimização do funcionamento interno e a melhoria das condições sociais e de trabalho dos efectivos. Operação Resgate
Sobre a Operação Resgate, em curso há cerca de quatro meses, o comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, disse ser “uma operação da sociedade e para a sociedade e que envolve todos os sectores da vida pública”.
A mais alta patente da Polícia em Angola esclareceu que foi atribuído à Polícia o papel de dirigir a “Operação Resgate”, que visa o resgate dos valores cívicos, éticos e morais, assim como o reforço da autoridade do Estado, da prevenção criminal e do combate à criminalidade e às transgressões administrativas.