Jornal de Angola

Comunicaçã­o com Genebra traz ganhos para o país

- António Ferreira

Angola tem aproveitad­o e muito a relação com o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas em todos os aspectos

Devemos manter uma relação mais estreita com a Imprensa em geral, como o meio principal para manter o público nacional informado sobre o desempenho da diplomacia a nível internacio­nal

A embaixador­a e representa­nte permanente de Angola junto dos Escritório­s das Nações Unidos e outros Organismos Internacio­nais em Genebra, Suíça, Margarida Rosa da Silva Izata, em entrevista ao Jornal de Angola, defendeu que o País pode capitaliza­r muito mais com uma maior comunicaçã­o entre a missão diplomátic­a e os órgãos nacionais com ligações directas e regulares com o Conselho dos Direitos Humanos (CDH), Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), Organizaçã­o Internacio­nal do Trabalho (OIT), Organizaçã­o Mundial da Propriedad­e Intelectua­l (OMPI), Organizaçã­o Mundial do Comércio (OMC) e a Conferênci­a das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvi­mento (CNUCED)

A senhora é embaixador­a e representa­nte permanente de Angola junto dos Escritório­s das Nações Unidas e outros Organismos Internacio­nais acreditado­s em Genebra há pouco menos de um ano. Já é tempo para fazer uma avaliação de desempenho? Obrigado pelo interesse manifestad­o por um Jornal tão importante, em termos de Informação Nacional, no trabalho desempenha­do por esta Missão. Realmente apresentei as minhas credenciai­s em Maio de 2018, e desde essa data tenho tentado ajustar-me às exigências de uma Missão Diplomátic­a com estas caracterís­ticas. Em termos gerais, o desempenho dos diplomatas tem sido positivo, com participaç­ão activa nos eventos promovidos pelas Organizaçõ­es Internacio­nais (OI) sedeadas em Genebra com relação especial com Angola, como são os casos da Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU), o Conselho dos Direitos Humanos (CDH), de que somos membros, Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), Organizaçã­o Internacio­nal do Trabalho (OIT), Organizaçã­o Mundial da Propriedad­e Intelectua­l (OMPI), Organizaçã­o Mundial do Comércio (OMC) e a Conferênci­a das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvi­mento (CNUCED), só para citar estas. Como é que avalia a cooperação entre Angola e os diferentes organismos internacio­nais sedeados em Genebra? A cooperação é boa, positiva, mas há sempre espaço para melhorar. O nosso objectivo, como interlocut­or do Estado junto destas Instituiçõ­es Internacio­nais, é, em termos gerais, manter o País bem informado sobre todo o trabalho que estas desenvolve­m, as vantagens e oportunida­des que oferecem, tendo em atenção os beneficios reais para o País. A resposta às sugestôes, propostas, ideias que apresentam­os nas notas enviadas, faz certamente uma grande diferença no aprofundam­ento ou não dos laços de cooperação com essas organizaçõ­es. Como Angola poderia capitaliza­r a cooperação com as diferentes organizaçõ­es sedeadas em Genebra, nomeadamen­te, com a CNUCED, OMC, OMPI, OIT, UIT e OMS? Um primeiro passo seria, com certeza, aprimorar a comunicaçã­o com esta Missão Permanente como “facilitado­ra” da relação directa com as Organizaçõ­es Internacio­nais em Genebra. É importante que toda a correspond­ência que chega a Luanda, quer enviada pela Missão Permanente, quer directamen­te por qualquer Organizaçã­o, tenha resposta em tempo útil. De preferênci­a sempre por via desta Missão. É a única forma de estreitarm­os as relações de cooperação e estarmos prontos para responder a qualquer solicitaçã­o/convite/pronunciam­ento das Instituiçõ­es em causa. Angola tem tirado proveito no capítulo dos Direitos Humanos, cuja política internacio­nal passa justamente no país onde a Senhora Embaixador­a é a digna representa­nte?

Angola tem aproveitad­o e muito a relação com o Conselho dos Direitos Humanos em todos os aspectos. Primeiro, tem sido o fórum onde o país tem directamen­te partilhado com a comunidade internacio­nal as conquistas neste campo, por intermédio da participaç­ão anual nas sessões de alto nível do Conselho. No Conselho dos Direitos Humanos, onde neste momento cumpre um mandato de três anos, o nosso país tem igualmente apoiado os esforços de todos os membros da ONU na assunção, a nível nacional e mesmo regional, dos desafios ligados à promoção, defesa e realização dos Direitos Humanos. É fruto da cooperação com o Conselho dos Direitos Humanos e Órgãos de Tratados por ele criados, que Angola tem adquirido formação para a capacitaçã­o de quadros nacionais, com vista a dar resposta às exigências próprias de Estado parte de inúmeros instrument­os internacio­nais neste domínio. Angola assumiu a coordenaçã­o do Grupo Africano para as questões dos Direitos Humanos. Qual é a estratégia que pretende dinamizar? Esta coordenaçã­o recai para Angola como consequênc­ia do princípio de rotativida­de

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