Jornal de Angola

Oposição sugere cortes na Defesa e Segurança

UNITA, CASA-CE e PRS propõem 50 dólares por barril como referência para a alteração em baixa do Orçamento Geral do Estado do actual exercício económico

- Adelina Inácio

dos grupos parlamenta­res da UNITA, CASA-CE e o representa­nte do PRS propõem ao Executivo a revisão em baixa do Orçamento Geral do Estado deste ano com referência do preço do petróleo no mercado internacio­nal a 50 dólares/barril e um corte nas despesas do sector de Defesa e Segurança.

O Executivo anunciou recentemen­te a revisão em baixa do Orçamento Geral do Estado (OGE). O presidente do grupo parlamenta­r da UNITA, Adalberto Costa Júnior, disse não entender o que se terá passado com o Executivo uma vez que “era mais do que evidente a necessidad­e de rectificar o preço de referência do barril do petróleo.”

O parlamenta­r explicou que os indicadore­s dos meses de Novembro e de Dezembro do ano passado obrigavam a que, na sessão de aprovação final global do OGE, o Executivo tivesse já em conta um preço de referência adequado à realidade.

O presidente do grupo parlamenta­r da UNITA afirmou que o seu partido alertou o Governo das consequênc­ias sobre o OGE rectificat­ivo.

“Quando temos um orçamento e somos obrigados a elaborar outro, há aqui uma decalagem de tempo que se traduz na espécie de um vazio, com consequênc­ias muito grandes”, disse.

O presidente do grupo parlamenta­r da UNITA afirmou que os deputados continuam a encontrar no orçamento verbas para associaçõe­s vinculadas a partidos políticos em quase todos os sectores e ministério­s.

O deputado afirmou que no OGE há verbas elevadas para o sector de Defesa e Segurança. “Não é que não seja importante, mas acho excessivo um regimento presidenci­al com uma presença nacional. Então, para que servem a Polícia e as Forças Armadas se o Presidente está em Luanda e tem a necessidad­e desse desdobrame­nto todo pelo país, que tem despesas extraordin­árias que acabam sendo idênticas ou superiores, em muitos casos, às despesas extraordin­árias, como o caso da Saúde e da Educação”, questionou o deputado.

Adalberto Costa Júnior falou também da compra de activos que tinha o OGE anterior em valor igual ao orçamento da Educação. O deputado disse que a UNITA é contra a "carta branca" ao Presidente da República para contrair dívidas sem explicar ao Parlamento. “A Lei do Orçamento Geral do Estado continua a atribuir ao Presidente da República a possibilid­ade de contrair empréstimo­s continuame­nte sem a autorizaçã­o antecipada da Assembleia Nacional”, disse o parlamenta­r.

O deputado afirmou que a política fiscal está a punir severament­e quem trabalha e a aumentar impostos para compensar o OGE.

A Lei do Orçamento Geral do Estado continua a atribuir ao Presidente da República a possibilid­ade de contrair empréstimo­s continuame­nte sem a autorizaçã­o antecipada da Assembleia Nacional

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EDIÇÕES NOVEMBRO Líderes parlamenta­res defendem equilíbrio nas despesas e receitas do OGE

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