ENANA dá lugar a duas empresas
A Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA) é este ano substituída por duas novas entidades públicas, noticiou ontem a Angop citando um Decreto Presidencial de Outubro do ano passado.
A Sociedade Nacional de Gestão de Aeroportos (SNGA) e a Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA) sucedem à ENANA, que ontem assinalou 39 anos desde a sua implantação, escreveu a agência.
A SNGA será responsável exclusiva pela administração, gestão e exploração dos aeroportos e aeródromos públicos, enquanto a ENNA fica encarregue do tráfego aéreo e da segurança da navegação no espaço aéreo territorial.
A decisão enquadra-se na estratégia do Executivo de reestruturar o sector aeroportuário com vista a fortalecer a sua rentabilidade, dar maior eficiência, melhorar a qualidade dos serviços e reduzir custos operacionais.
O objectivo é, também, viabilizar o aumento das receitas aeronáuticas e comerciais, além de racionalizar os investimentos públicos, tendo em conta que o sector aéreo é um domínio de grande competitividade.
No decreto de Outubro, o Presidente João Lourenço criou uma comissão encarregada de apresentar um plano de reestruturação da ENANA num prazo de 120 dias, tendo Mário Domingues como coordenador e Júlio César Furtado como coadjutor. Esta comissão depende do ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, e integra Milton Manuel, Nataniel Domingos e Lourenço Neto, tendo como missão assegurar a gestão corrente da empresa até à sua divisão, no primeiro trimestre deste ano.
Nos últimos dez anos, a ENANA investiu na modernização e construção de infraestruturas aeroportuárias e na melhoria das comunicações nas 18 províncias do país. Neste período, foram investidos 63 milhões de dólares e registouse um tráfego acumulado de 984.174 movimentos de aeronaves, com 30 milhões de passageiros a passarem pelos aeroportos do país. A empresa tem 1.800 trabalhadores.