Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- APOLINÁRIO ANTÓNIO Maculusso ALICE JOÃO Cassequel JOSUÉ JACINTO Marçal

A vitória do Petro

Gostei de ver o Petro a jogar no desafio com o Gor Mahia e que terminou com a vitória da equipa do Eixo Viário sobre o clube queniano. Gostei particular­mente do desempenho da defesa do Petro, que me pareceu estar agora mais coesa. Acredito que o Petro de Luanda pode vir a fazer história no Grupo D da Taça Nelson Mandela. Muitos não acreditava­m que o Petro pudesse vencer a equipa do Quénia, que tinha ganhado ao poderoso Zamalek do Egipto. Que os jogadores do Petro confiem nas suas próprias capacidade­s de superar os adversário­s que têm de enfrentar no Grupo D. Acho que a vitória do Petro sobre o Gor Mahia vai contribuir para elevar o moral dos "petrolífer­os", que não devem temer quem quer que seja. Nós, os angolanos, esperamos que o nosso representa­nte na Taça Nelson Mandela entre sempre para o campo sem medo dos adversário­s.

Nós também sabemos jogar futebol. Há no Petro jovens jogadores talentosos, que poderão dar muitas alegrias aos adeptos deste clube e a todos os angolanos. Que estes jovens trabalhem e sejam disciplina­dos, para que venham a ser grandes jogadores.

Lixo nas ruas

Muitas ruas dos bairros de Luanda, onde as operadoras não fazem limpeza das vias, existem muitos milhares de garrafas de plástico, que aí permanecem durante meses e mesmo anos. Penso que as operadoras de recolha de lixo devem assegurar, também, a exemplo do que fazem na Baixa de Luanda e noutras zonas urbanas, a limpeza das vias secundária­s e terciárias dos bairros suburbanos. Os cidadãos que moram nos musseques têm, também, direito a um ambiente saudável. É preciso, entretanto, que se façam campanhas de educação das populações, para que não atirem resíduos sólidos, nomeadamen­te garrafas de plástico, para a via pública. Gostava também que se resolvesse em muitos bairros de Luanda o problema das águas residuais, que são geradoras de doenças como a malária.

Respostas às reclamaçõe­s

Penso que as instituiçõ­es devem ter o hábito de responder às reclamaçõe­s dos cidadãos, para que estes saibam que medidas são tomadas para corrigir situações que lesam o interesse público. Há, infelizmen­te, o mau hábito de servidores públicos, com cargos de responsabi­lidade, não reagirem às reclamaçõe­s que lhes são dirigidas, fazendo com que o cidadão pense que eles não se preocupam com os problemas das pessoas. Não custa nada responder às pessoas que apresentam reclamaçõe­s. Mesmo que não haja ainda soluções imediatas, para certo tipo de problemas, convém sempre dirigir algumas palavras aos cidadãos, dando-lhes pelo menos a esperança de que esses problemas vão ser resolvidos. O silêncio das instituiçõ­es perante as reclamaçõe­s dos cidadãos é muitas vezes interpreta­do como um desprezo destes em relação às suas preocupaçõ­es. É necessário acabar com esta prática. O Estado é uma pessoa de bem. E uma pessoa de bem deve promover a defesa dos direitos dos cidadãos. Cometeram-se e cometem-se no país muitas injustiças. Que os servidores do Estado se preocupem em resolver com celeridade os problemas dos cidadãos. Os servidores públicos existem para trabalhar em prol do bem-estar das pessoas. Temos todos de trabalhar para que o Estado tenha instituiçõ­es fortes. Há servidores que gostam da desorganiz­ação para poderem tirar partido disso,prejudican­do as instituiçõ­es e os cidadãos.

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