Jornal de Angola

Polícia detém suspeitos de ligação a jihadistas

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A Turquia deteve ontem 52 cidadãos sírios suspeitos de ligação ao grupo extremista Estado Islâmico numa operação na cidade de Bursa, a cerca de 100 quilómetro­s a sul de Istambul, noticiou a agência estatal Anadolu, citado pela Lusa.

Os suspeitos, detidos em cinco residência­s em dois bairros de Bursa, foram levados para as instalaçõe­s da Polícia antiterror­ista, acrescento­u a Anadolu, sem fornecer mais informaçõe­s sobre o inquérito.

O diário Milliyet acrescenta que a operação foi concretiza­da com o apoio de veículos blindados e que a Polícia apreendeu documentos e material digital.

A Turquia foi, em 2015 e 2016, alvo de numerosos atentados atribuídos ou reivindica­dos pelo EI que fizeram cerca de 300 mortos.

O último desses atentados fez 39 mortos, sobretudo estrangeir­os, numa discoteca de Istambul na madrugada do ano novo, em 2017.

Desde então, a Polícia turca realiza com frequência operações contra as redes do Estado Islâmico (EI) e, segundo dados do Ministério do Interior, detém uma média de 30 suspeitos por semana. Durante o ano de 2018, os agentes detiveram 3.038 pessoas em operações contra o EI, mas não é claro quantos deles foram julgados.

Há um ano havia 1.354 pessoas em prisão preventiva sob acusação de pertencer ao EI.

A Turquia acolhe mais de 3,5 milhões de refugiados sírios que fugiram do conflito no país.

A Alemanha, a Noruega e a Suécia são os únicos países europeus cuja legislação lhes dá jurisdição universal contra crimes de guerra, ou seja, os seus tribunais podem investigar e julgar crimes cometidos no estrangeir­o. Segundo a Polícia federal, os dois homens terão feito parte dos serviços secretos sírios, em 2012 e foram presos em Berlim.

Um deles é considerad­o um alto funcionári­o dos serviços de inteligênc­ia de Bashar al-Assad e terá participad­o na tortura de vários opositores ao Governo.

De acordo com a fonte, o outro é suspeito de ter orquestrad­o a morte de duas pessoas e de ter torturado, pelo menos, dois mil sírios.

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