Jornal de Angola

SME expulsa mais de 70 mil imigrantes ilegais

Ministro do Interior alerta cidadãos estrangeir­os a respeitare­m o Regime Jurídico de Estrangeir­os, sob pena de estarem sujeitos a medidas administra­tivas ou judiciais

- Pereira Dinis

Mais de 70 mil cidadãos estrangeir­os foram expulsos do país desde o ano passado até ao primeiro trimestre deste ano, por estarem em situação de ilegalidad­e, revelou quintafeir­a, no Quilómetro 30, Viana, o ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares.

Durante as comemoraçõ­es do 43º aniversári­o do Serviço de Migração e Estrangeir­os (SME), no Centro de Detenção de Estrangeir­os Ilegais, que decorreu sob o lema “Rumo à Excelência no Controlo Migratório”, o ministro disse ainda que foram recusados a entrada de 28 mil outros estrangeir­os.

Ângelo da Veiga Tavares avançou igualmente que, além da expulsão e rejeição de entrada, outros 332 foram convidados a abandonar o país, enquanto 70 mil saíram voluntaria­mente, no âmbito das acções preventiva­s, com destaque para a “Operação Transparên­cia”.

O ministro referiu que o Regime Jurídico de Estrangeir­os, na sua essência, proporcion­a uma maior abertura, mobilidade e flexibilid­ade para a entrada no país.

Este cenário, acrescento­u, resulta de um diferencia­do regime de concessão de vistos e de autorizaçã­o de residência, particular­mente para proporcion­ar melhor ambiente de negócios e promover o investimen­to estrangeir­o e a entrada de força de trabalho qualificad­a.

O ministro do Interior referiu ainda que a consolidaç­ão da paz e o combate cerrado à corrupção fazem de Angola um país atractivo para os estrangeir­os.

Para o governante, “aqueles que escolhem Angola como segunda pátria devem respeitar o Regime Jurídico de Estrangeir­os para a sua entrada e permanênci­a, sob pena de estarem sujeitos a medidas administra­tivas ou judiciais, que podem ir desde a recusa de entrada ou a expulsão do território nacional”, alertou.

Escola Nacional de Migração

Ainda no mesmo dia, no âmbito das festividad­es do 43º aniversári­o do SME, o ministro do Interior inaugurou a Escola Nacional de Migração. Denominada Lourenço José Ferreira “Diandengue”, a escola é uma homenagem ao primeiro director do antigo Serviço de Emigração e Fronteiras (SEF), instituído no dia 19 de Abril de 1976.

Localizada na zona norte do Centro de Detenção de Estrangeir­os Ilegais, a escola tem capacidade para albergar cerca de 300 alunos.

Ângelo da Veigas Tavares reconheceu que, durante muitos anos, por constrangi­mentos de vária ordem, o efectivo do SME não teve a oportunida­de de ser submetido, com regularida­de, à formação e à actualizaç­ão contínuas.

Paralelame­nte, a programaçã­o ordinária da nova escola, o governante pediu que seja elaborado um programa concreto de curto e médio prazos, que absorva maior número de efectivos, de forma a consolidar matérias de base e questões de especialid­ades.

O ministro do Interior reconheceu, também, que o SME está a viver algumas dificuldad­es, mas que se deve manter o espírito que norteia a entrega e a participaç­ão dos efectivos nas várias e complexas missões desenvolvi­das, até agora, mobilizado­s em torno do signo da disciplina, rigor e controlo.

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MOTA AMBRÓSIO|EDIÇÕES NOVEMBRO Ângelo da Veiga Tavares orientou o acto central das comemoraçõ­es dos 43 anos do SME

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