Destruídos postos de recenseamento
A Organização Não-Governamental (ONG) moçambicana Sala da Paz revelou que há, pelo menos, 150 postos de recenseamento eleitoral destruídos na zona centro do país, o que pode comprometer o processo que iniciou na segunda-feira, noticiou ontem a agência Lusa.
“As pessoas não estão em condições de aderir a um processo de recenseamento eleitoral quando a sua vida está fortemente condicionada pelas vicissitudes”, disse Atanásio Matavel, da Sala da Paz, em conferência de imprensa realizada em Maputo.
A ONG Sala da Paz verificou que na província da Zambézia, em pelo menos nove distritos onde existem 1.144 postos de recenseamento, 100 foram destruídos, o que corresponde a 10,74 por cento dos que tinham sido instalados.
Já em cinco distritos da província de Sofala, dos 425 postos de recenseamento, 39 estão destruídos, o que corresponde a 32,71 por cento.
Em dois distritos de Manica, dos 433 postos de recenseamento, onze estão destruídos. A província de Tete é a menos afectada, contando com 425 postos de recenseamento operacionais. Em todo o país, a Sala da Paz verificou atrasos na abertura de postos de recenseamento e uso de panfletos com datas erradas na educação cívica.
O recenseamento eleitoral, que arrancou na segundafeira, terá a duração de 46 dias e tem um custo de 57 milhões de dólares.
As eleições gerais estão marcadas para 15 de Outubro deste ano.