Jornal de Angola

Invicto no Girabola há mais de um ano

Tri-campeões nacionais têm cinco jornadas para conquistar o título sem consentir, de forma inédita, qualquer derrota nas duas voltas

- Honorato Silva

A contar as jornadas que restam disputar, até à confirmaçã­o do almejado inédito quarto título consecutiv­o, no seu historial, o 1º de Agosto estabelece recordes no Girabola. O clube militar do Rio Seco está a 10 jogos de completar dois campeonato­s inteiros sem averbar qualquer derrota.

O último desaire dos rubro e negros na competição foi a 3 de Março do ano passado, frente à Académica do Lobito, por 0-1, no Estádio Nacional de Ombaka, em desafio referente à 4ª ronda da prova. De lá para cá, o calendário assinalou um ano e 15 dias de invencibil­idade dos tricampeõe­s, que reivindica­m os três pontos retirados pelo Conselho de Disciplina da Federação, por presumível combina de resultado no empate (3-3), na visita ao Desportivo da Huíla.

A meia centena de jogos sem perder do 1º de Agosto, 25 da edição transacta, visto não ter defrontado na segunda volta o desistente JGM do Huambo, e igual número da presente, representa, na cronometra­gem do tempo, 4500 minutos.

A dimensão competitiv­a atingida sob a batuta do sérvio Zoran Maki tem continuida­de no regresso do bósnio Dragan Jovic, o obreiro dos dois primeiros títulos da actual série de três seguidos, bem como o pai da mudança do clube afecto às Forças Armadas Angolanas da condição de crónico ou tradiciona­l candidato à conquista dos troféus à principal força da bola jogada no espaço doméstico.

Depois do desafio de hoje, recepção ao Recreativo da Caála, no Estádio Nacional 11 de Novembro, os líderes do Girabola ficarão, caso continuem invictos, à espera dos resultados diante do Sagrada Esperança (fora), FC Bravos do Maquis (casa), Cuando Cubango FC e Kabuscorp do Palanca (ambos fora), para assinar a proeza de confirmar o surgimento do primeiro campeão sem derrota, em 41 edições disputadas.

O período de bonança dos militares conheceu outros capítulos, num passado muito recente. Tony Cabaça, guarda-redes distinguid­o em África, pelo bom desempenho na campanha que culminou com a disputa das meias-finais da Liga dos Clubes Campeões, ficou 12 jogos consecutiv­os, 1080 minutos, sem recolher a bola no fundo das redes.

Coube ao Sagrada Esperança, equipa que a 23 de Agosto, por intermédio de Ben Traore, no empate (2-2), marcou pela última vez, pôr fim ao registo de solidez defensiva, através de Jiresse, a 16 de Janeiro, noutra igualdade (3-3), desta com muitos reparos à qualidade do futebol então praticado pelos detentores do troféu. Foram quatro meses com a baliza inviolada.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Calendário assinala um ano e 15 dias de invencibil­idade da equipa das Forças Armadas

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