Praia proibida
Escrevo para o Jornal de Angola para falar um bocado sobre as nossas praias, o estado em que muitas se encontram e as condições de segurança para os banhistas. Gostaria de saber quem ou que instituição efectivamente controla ou "gere" as nossas praias, referindome aqui as de Luanda. Há lugares em que o meio degradou-se de maneira que ficou completamente inviável para banhos humanos. E as entidades que lidam com o ambiente, praias, preservação e outras atribuições parece pouco fazerem para que as nossas praias sejam preservadas do caos em que se encontram. Por outro, quero enaltecer o esforço que o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros fazem para elevar a consciência das pessoas que se fazem ao mar, com campanhas de sensibilização e educação das populações. A demarcação das zonas para banho, ali onde tem sido possível, tem sido também uma marca interessante daquela importante entidade do Ministério do Interior, razão pela qual a exorto no sentido de continuarem com estes esforços. Estas diligências acabam por ter um efeito multiplicador na preservação de vidas humanas, evitando-se os afogamentos. Por outro lado, vale também a pena falar sobre as penalizações que merecem todos aqueles que canalizam para o mar substâncias sólidas ou líquidas sem o trabalho ou tratamento que lhe deve antecipar para evitar danos maiores. Não sei se temos no país órgãos capazes de monitorar o que é despejado no mar ao ponto de se impedir que esse estado de coisas não sejam tão alarmantes. Espero que sejamos mais rigorosos no tratamento que damos às nossas praias, contrariamente ao "deixa-andar" em que muitas se encontram, como por exemplo a praia de Cacuaco, a praia do Onze, entre outras. AMÉLIA FERNANDES Futungo II