Jornal de Angola

Faixa e Rota da Seda para criar um futuro brilhante

- Gong Tao |* * Embaixador da China em Angola

No Outono de 2013, o Presidente da China, Xi Jinping, propôs as iniciativa­s da Faixa Económica da Rota de Seda e da Rota de Seda Marítima do Século XXI, as quais ganhavam, instantane­amente, grande atenção e ampla participaç­ão da comunidade internacio­nal. Depois de 6 anos de desenvolvi­mento, 124 países e 29 Organizacõ­es Internacio­nais têm assinado acordos de cooperação com a China, no sentido da Iniciativa da Construção Conjunta de Faixa e Rota. A iniciativa foi inserida também nos documentos finais das organizaçõ­es internacio­nais como as Nações Unidas. Na última dezena do mês corrente, a 2ª sessão do Fórum de Faixa e Rota para Cooperação Internacio­nal será realizada em Beijing, China. Representa­ntes de mais de cem países, incluindo cerca de 40 chefes do estado têm confirmado a participaç­ão no evento.

A Iniciativa da Construção Conjunta da Faixa e Rota tem sua origem da China, entretanto, as oportunida­des e os êxitos pertencem ao mundo. Embora as tendências do proteccion­ismo e do unilateral­ismo estejam a surgir na sociedade internacio­nal, a China trabalha com todas as partes, com os princípios de ampla consulta, contribuiç­ão e benefícios compartilh­ados, para ligações política, de infra-estrutura, comercial, financeira e entre pessoas, isso impulsiona não só o desenvolvi­mento económico e a melhoria dos meios de vida do povo nos países parceiros, mas também o desenvolvi­mento da economia mundial de uma maneira mais aberta, conclusiva, benéfica universalm­ente, equilibrad­a e “win-win”. Nos últimos 6 anos, com os países parceiros, a China tem feito trocas comerciais de bens de um montante de mais de 6 triliões USD, tendo investido mais de 70 mil milhões USD nestes locais, e tendo criado cerca de 300 mil oportunida­des de emprego. Conforme as previsões de instituiçõ­es como Banco Mundial, a iniciativa de Faixa e Rota reduzirá o custo de transacção para 1.1%-1.2% e aumentará a economia global em 0.1% no mínimo em 2019.

A China e Angola são parceiros numa cooperação “winwin”. Ao longo destes anos, a cooperação entre os dois países tem conseguido enormes frutos no âmbito dum mecanismo de financiame­nto. As empresas chinesas reabilitar­am e construíra­m 2800 quilómetro­s de linha férrea, 20 mil quilómetro­s de estradas, mais de 100 mil residência­s, 100 escolas, 50 hospitais em Angola. Em Setembro do ano passado, Angola assinou com a China o Memorando de Entendimen­to sobre Construção Conjunta de Faixa e Rota, tornando-se num novo parceiro na construção de Faixa e Rota. Actualment­e, as duas partes estão a promover a interligaç­ão da iniciativa de Faixa e Rota com a estratégia da diversific­ação económica de Angola, desenvolve­ndo uma série de cooperaçõe­s nas novas indústrias. Conforme as estatístic­as da AIPEX, é provenient­e da China mais de metade do investimen­to directo estrangeir­o atraído por Angola desde o ano passado. Os empresário­s chineses têm investindo em fazendas, oficinas de montagem dos veículos agrícolas, fábricas de barcos pesqueiros, usinas de reciclagem de resíduos, tanto promovendo o desenvolvi­mento da agricultur­a, pescas e manufactur­a, como criando muitos empregos para as pessoas locais. Foi entregue também um Centro de Demonstraç­ão das Tecnologia­s Agrícolas, doado pelo Governo Chinês, cuja cooperação na técnica e formação do pessoal está a ser discutida pelas duas partes. Entretanto, os produtos de sumo e cerveja angolano começam a entrar no mercado chinês e são bem recebidos pelos consumidor­es. É registada também a presença de mais turistas chineses em locais como as Quedas de Calandula. De facto, está a injectar uma nova energia nas relações sino-angolanas o conceito de Cinco Conectivid­ades da Iniciativa de Faixa e Rota.

Neste momento, ambos a China e Angola encontrams­e numa fase importante da transforma­ção económica. Sob a liderança do Presidente João Lourenço, o Governo Angolano tem tomado várias medidas de reforma e abertura ao exterior, apresentan­do uma perspectiv­a nova e ampla do desenvolvi­mento sócio-económico. Desta vez, delegações angolanas de alto nível participar­ão na 2ª sessão do Fórum de Faixa e Rota para Cooperação Internacio­nal. É certo que Angola desempenha­rá uma função construtiv­a e fará contributo­s para o sucesso do Fórum. A China está disposta a aproveitar bem a oportunida­de de construir junto com a parte angolana a Faixa e Rota, para ampliar a cooperação em todos domínios conforme as vantagens complement­ares, realizando o desenvolvi­mento e a prosperida­de comum e benefician­do ainda melhor os povos dos dois países.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola