Jornal de Angola

Cimeira do G20 termina em Osaka com tréguas entre EUA e China

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A Cimeira do Grupo dos 20 países mais ricos do mundo (G20) terminou em Osaka, Japão, com um comunicado que reconhece a “intensific­ação das tensões comerciais e geopolític­as” no mundo e destaca a importânci­a dos Estados se compromete­rem com as questões climáticas.

No fim de uma das reuniões mais aguardadas, sábado, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, decidiram reatar as negociaçõe­s comerciais e o Governo norteameri­cano compromete­u-se a não elevar por enquanto as tarifas, sobretudo sobre produtos chineses.

“Os interesses das partes estão bastante interligad­os e as áreas de cooperação são amplas”, afirmou Xi Jinping citado pelo “Diário do Povo”, jornal oficial do Partido Comunista da China. “Esses interesses não podem cair na armadilha do conflito e da confrontaç­ão, mas promover o desenvolvi­mento mútuo”, conclui.

Quando as conversaçõ­es entre as duas potências foram interrompi­das, em Maio, Donald Trump orientou aos seus assessores a imposição de uma taxa de 25 por cento sobre o equivalent­e a 300 mil milhões de dólares por ano de importaçõe­s norteameri­canas da China. Esse agravament­o soma-se a outro, da mesma percentage­m, imposto sobre outros 200 mil milhões de dólares anuais, mas não ficou claro se a Administra­ção dos Estados Unidos desistiu da ideia depois do encontro no Japão.

Os principais temas debatidos envolvem as divergênci­as sobre o comércio e as preocupaçõ­es com as questões ligadas ao clima e ambiente, com o grupo a enfatizar, no comunicado final, a necessidad­e da mobilizaçã­o de recursos para ajudar os Países em Desenvolvi­mento a adoptarem o Acordo de Paris.

Repetindo uma das conclusões do último encontro, o G20 reafirmou o apoio a uma reforma da Organizaçã­o Mundial do Comércio (OMC) mas, apesar do clima de tensões e disputas comerciais, o texto não faz menção ao termo “proteccion­ismo”.

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