Palancas têm jogo decisivo em Ismaília
Selecção Nacional mantém o foco na passagem da fase de grupos apesar do atraso na tabela classificativa em relação à concorrência
Honorato Silva | Suez A Selecção Nacional de Honras de futebol realiza hoje às 20h00, em Ismailia, o derradeiro ensaio da estratégia a utilizar amanhã, à mesma hora, frente à similar do Mali, para a conclusão do Grupo E da 32ª Edição da Taça de África das Nações, em curso no Egipto até ao dia 19 de Julho.
Desde ontem às 13 horas no palco do jogo que vai definir se continuam em prova ou regressam a casa de forma precoce, os Palancas Negras às ordens do sérvio Srdjan Vasiljevic trabalham confiantes no apuramento para os oitavos-de-final.
O seleccionador faz contas com a passagem como vencedor da série, pretensão que exige o triunfo diante das Águias malianas, líderes isoladas com 4 pontos, o dobro da safra da Tunísia e de Angola. Mas não está posta de parte a possibilidade de qualificação no leque dos quatro melhores terceiros.
O apagão competitivo ocorrido sábado, no empate (0-0), frente à estreante Mauritânia, que a dado momento confirmou as projecções que colocam a equipa nacional na condição de concorrente menos capaz da série, a julgar pela pior safra nos “rankings” da FIFA e da CAF, já faz parte do passado. O treino de ontem às 17h00, o primeiro em Ismailia, foi dominado pela correcção dos aspectos negativos registados no desempenho da equipa, na disputa com os Mouribotones, sobretudo na saída para o ataque, quer no acerto dos passes quer na segurança e qualidade da posse de bola.
A dupla Show e Herenilson, determinante no lançamento do processo ofensivo, mereceu cuidados especiais do seleccionador, que chamou atenção para a necessidade de se evitar a insistência nos lançamentos em profundidade para as costas da defesa contrária, sem proveito.
O reencontro com o Mali, oito anos depois da épica noite da abertura do CAN’2010, saudada numa igualdade(4-4), apanha Angola numa fase de afrouxamento no capítulo da motivação, depois do jogo intenso na estreia frente aos tunisinos. Nada aponta para novas mexidas nos titulares utilizados no último desafio. Vasiljevic privilegia a melhoria da prestação a partir do redobrar da entrega dos jogadores, na disputa de cada lance, como se fosse o último.
O seleccionador entende que só uma equipa intensa pode travar a potência física dos malianos, com destaque para Moussa Marega, avançado do FC Porto, cujo estilo traz à memória as exibições de Quinzinho nos Palancas Negras.
Acreditar até ao fim
Preocupado com a concentração da equipa, dada a importância de proteger os jogadores da carga negativa resultante de pendentes administrativos, o seleccionador assume um discurso positivo, virado para a qualificação.
“Da mesma forma que disse que teríamos um jogo muito difícil com a Mauritânia, também digo que agora estou mais confiante no apuramento, embora estejamos atrasados na classificação. Temos de continuar a acreditar na qualidade da nossa equipa. Continuamos vivos na disputa por um dos lugares dos oitavosde-final, inclusive com hipóteses de vencer o grupo. Tenho de agradecer o povo angolano, que mesmo distante nos empurra para a vitória. É normal que haja uma certa descrença, por não termos vencido”, assumiu Vasiljevic.
O seleccionador entende que só uma equipa intensa pode travar a potência física dos malianos, com destaque para Moussa Marega, avançado do FC Porto, de Portugal