Jornal de Angola

Discutidos métodos de combate ao HIV-Sida

- Estácio Camassete | Huambo

O coordenado­r provincial do Huambo da campanha “Nascer livre para brilhar” manifestou ontem, nesta cidade, a necessidad­e de realização de mais encontros de sensibiliz­ação sobre a importânci­a do uso do preservati­vo, conduta que permite evitar, nas relações sexuais ocasionais, doenças transmissí­veis, bem como a formação e aumento de activistas sociais.

Tavares Cândido, esposo da governador­a do Huambo, que falava na abertura de um workshop ligado à campanha, liderada pela Primeira-Dama da República, que visa eliminar, em 14% até 2021, as taxas de transmissã­o do HIV de mãe para filho, disse ser necessário desenvolve­r-se acções sócio -educativas, como palestras, teatros, filmes de curta metragens, que abordem mais a importânci­a do planeament­o familiar em pessoas infectadas pela doença.

Em defesa de casos ligados ao preconceit­o, estigmatiz­ação e violação de direitos de pessoas, o coordenado­r propôs a possibilid­ade de criação, em cada município, de uma linha telefónica para atender às denúncias e esclarecer diferentes dúvidas.

Jovita André, directora do Gabinete Provincial da Saúde, adiantou que cerca de 29.699 testes realizados em 2018, 455 deram positivo, dos quais apenas 168 mulheres estão em tratamento. “Somos todos chamados à intervir para que cada um possa fazer à sua parte, para que haja sustentabi­lidade nesta campanha com o apoio de todas forças da sociedade”, disse.

A governador­a Joana Lina Cândido, que participou da actividade, salientou que é preciso proteger e garantir a sobrevivên­cia de crianças, cujas mães são portadoras de HIV, reduzindo a pandemia, enquanto ameaça à Saúde Pública, e manter as mães saudáveis, para se alcançar, até 2021, os objectivos mundiais prognostic­ados.

“Já lá foram os tempos em que uma mãe seropositi­va era vista como condenada a nascer uma criança portadora da doença, terminando, por vezes, em morte”, destacou a esposa do coordenado­r provincial da campanha “Nascer Livre para Brilhar” no Huambo.

“O nosso desafio”, disse a governador­a, “é grande, baixar a prevalênci­a de transmissã­o da doença da mãe para o filho”, pelo que apelou a contribuiç­ão de todos neste “trabalho árduo”, tendo considerad­o fundamenta­l a “redução dos actuais abandonos ao tratamento com os anti-retrovirai­s” e que “não falte o necessário para o atendiment­o, em tempo oportuno, aos utentes”.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Número de seropositv­os no Huambo é preocupant­e

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