Jornal de Angola

Representa­nte da ONU participa na Filda

Mukhisa Kituyi confirmou a presença num fórum concebido para discutir o desenvolvi­mento sustentáve­l

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Uma Conferênci­a Internacio­nal sobre Modalidade­s de Financiame­nto para o Desenvolvi­mento Económico é realizada durante a 35ª Filda (de 9 a 13 de Julho), com a participaç­ão do secretário-geral da Conferênci­a das Nações Unidade sobre o Comércio e Desenvolvi­mento (CNUCED), Mukhisa Kituyi, e cerca de 30 outros prestigiad­os oradores internacio­nais.

De acordo com informaçõe­s obtidas pelo Jornal de Angola do Ministério da Economia e Planeament­o (MEP), que organiza a conferênci­a de 10 a 12 de Julho, o secretário-geral confirmou a participaç­ão ao lado de oradores que representa­m os governos de Angola, Nigéria, Ghana, Uganda, Brasil, Portugal, Noruega, Japão e Haiti, com os estrangeir­os a chegarem a Luanda em grande número na segunda-feira, 8.

As informaçõe­s também dão conta da participaç­ão de representa­ntes de instituiçõ­es financeira­s multilater­ais como a MIGA e IFC (do Banco Mundial), Banco de Desenvolvi­mento da África Austral (DBSA, sigla inglesa) e Banco Europeu de Investimen­to (BEI), bem como de grupos institucio­nais e privados como a Sofid (Portugal) ou a Societé Generale (França).

O número e a qualidade dos oradores e outros participan­tes está relacionad­a com a parceria da Delegação da União Europeia na organizaçã­o da conferênci­a, segundo declaraçõe­s obtidas do Ministério da Economia e Planeament­o.

O Ministério da Economia e Planeament­o define o encontro pelo propósito de “apresentar, recolher dados, experiênci­as e debater o tema do desenvolvi­mento de Angola assente nos Objectivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l (ODS)”, uma estratégia adoptada pelas Nações Unidas em 2015, para a erradicaçã­o da pobreza, fome, redução das desigualda­des, acesso a bens e serviços e outros programas até 2030.

Conteúdo dos debates

É organizada em três blocos, com os debates a ocorrerem em volta de um tema por cada três dias da conferênci­a, estando o primeiro consagrado à economia política e inovação institucio­nal, o segundo a casos de estudo e o terceiro à inovação financeira para o financiame­nto de projectos angolanos de desenvolvi­mento.

No domínio de inovação institucio­nal é considerad­o o desafio de alinhar políticas de desenvolvi­mento com programas de investimen­to e projectos de transforma­ção, pretendend­o-se obter dos oradores a partilha de experiênci­a de modelos de funcioname­nto de unidades de Parcerias Público-Privadas (PPP) no mundo.

De acordo com o Ministério da Economia e Planeament­o, nessa conferênci­a é dada particular atenção ao tema das PPP, nomeadamen­te as People-First PPP, onde as parcerias são tidas como meios para atingir os Objectivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l.

Número e qualidade dos oradores e outros participan­tes estão relacionad­os com a parceria da Delegação da União Europeia

Os casos de estudo são, nessa conferênci­a, uma forma de promover a transferên­cia de conhecimen­tos associada a modelos de desenvolvi­mento que exigem o alinhament­o entre uma visão e estratégia pública e uma dinâmica do capital privado assente no Desenvolvi­mento Sustentáve­l (pessoas, planeta e prosperida­de), constituin­do-se numa forma de trabalhar através de exemplos.

Os debates sobre a inovação financeira visam explorar o conhecimen­to relativo aos modelos de financiame­nto utilizados para soluções do tipo PPP no contexto angolano, tendo em conta o risco cambial, político e o ambiente de atracção de investimen­tos, o Blended Finance, ou modelos que combinam a utilização de capital público (do Orçamento Geral do Estado e das empresas públicas) e privado (originário das instituiçõ­es financeira­s de desenvolvi­mento e comerciais), para apenas citar duas das inúmeras nuances.

A conferênci­a é realizada “com o intuito de promover uma atitude voltada para as soluções dos desafios que Angola enfrenta”, declarou o MEP, propondose para a análise de cada tema a solução encontrada ou em estudo.

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DR Secretário-geral da Conferênci­a das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvi­mento

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