Jornal de Angola

Avançar ou regressar

Vitória diante da congénere do Mali qualifica a Selecção Nacional para os oitavos-de-final da Taça de África das Nações em futebol

- Honorato Silva | Ismailia

A continuida­de da Selecção Nacional de Honras de futebol, na 32ª edição da Taça de África das Nações (CAN), que decorre no Egipto até ao dia 19 de Julho, é decidida hoje, às 20h00,diante da similar do Mali, na cidade de Ismailia, no encerramen­to da terceira jornada da competição. Os Palancas Negras entram em campo como donos do seu destino.

Avançar para os oitavosde-final, ou cair ainda na fase preliminar, depende apenas do que a equipa às ordens do sérvio Srdjan Vasiljevic for capaz de fazer, na disputa com as Águias malianas comandadas por Mohamed Magassouba. A vitória garante o apuramento, sem necessidad­e de recurso a contas complement­ares.

O empate (0-0) diante da Mauritânia, na ronda passada, acendeu os sinais de alerta no balneário angolano. Jogadores, técnicos e dirigentes olharam para dentro e concluíram que a passagem à fase seguinte demanda união, compromiss­o de grupo e capacidade de superação.

Apesar dos reparos feitos à exibição menos conseguida, num jogo em que entraram como favoritos à vitória, os Palancas Negras apelam ao que têm de melhor: a força interior que os conduziu na campanha de apuramento até às terras dos faraós.

E, convicta de que não caminha sozinha, a Selecção Nacional, liderada em campo pelo “capitão” Mateus Galiano, retira motivação do apoio incondicio­nal dos seus adeptos, que, mesmo distantes, abraçam os jogadores numa grande corrente de força, com o firme propósito de ver Angola entre os 16 países resistente­s à triagem da fase de grupos.

A missão, difícil mas não impossível, exige do grupo uma postura melhor em relação à apresentad­a diante dos Mourabiton­es. A apatia geral da equipa, que chegou a suscitar questionam­entos de eventual quebra de motivação, deve dar lugar ao vigor exibido na abordagem de estreia, frente à mundialist­a Tunísia, favorita ao primeiro lugar da série.

O meio campo, reforçado noúltimode­safiocomor­egresso de Show, ao lado de Herenilson, tem de ser capaz de criar linhas de passe, como garantir qualidade e segurança na posse da bola, valores que estiveram em défice no sábado, em Suez, para a satisfação dos mauritania­nos, que festejaram a conquista do primeiro ponto numa fase final da prova continenta­l, logo no ano do baptismo. Afinar a defesa

A defesa foi igualmente alvo da atenção de Vasiljevic, no período de preparação do desafio, sobretudo a necessidad­e de a equipa evitar surpresas com o lançamento de bolas pelas costas, em profundida­de. Bastos e Dany Massunguna, à vez, têm a responsabi­lidade de anular ou, na pior das hipóteses, limitar a influência de Moussa Marega, possante avançado do FC Porto, nas acções ofensivas do adversário.

Nos corredores laterais, além da entrega na anulação dos caminhos da baliza à guarda de Tony Cabaça, Paizo, à esquerda, e Bruno Gaspar, à direita, devem ganhar metros de campo no processo de ataque, com a criação de espaço para cruzamento­s a solicitar a finalizaçã­o. De volta ao centro do terreno, outra das correcções feitas foi a insistênci­a de Show e Herenilson na bola longa, sem o mínimo proveito.

Quanto às linhas mais adiantadas, pede-se a Djalma Campos, Mateus Galiano e Fredy uma postura afirmativa no apoio a Gelson Dala, a referência do ataque da Selecção Nacional. Porém, não está descartada a entrada de Geraldo e Malululu de início, de modo a alargar o poder de fogo.

Avançar para os oitavos-de-final, ou cair ainda na fase preliminar, depende apenas do que a equipa às ordens do sérvio Srdjan Vasiljevic for capaz de fazer, na disputa com as Águias malianas comandadas por Mohamed Magassouba

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO
 ?? JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Entrega e determinaç­ão têm caracteriz­ado o dia-a-dia dos jogadores da Selecção Nacional
JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Entrega e determinaç­ão têm caracteriz­ado o dia-a-dia dos jogadores da Selecção Nacional

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