CASA-CE defende acções contra a seca nos Gambos
O deputado da CASA-CE, Manuel Fernandes, apelou, neste final de semana, na cidade do Lubango, Huíla, a tomada urgente de medidas pelo Executivo para debelar a crise provocada pelo fenómeno da seca em que se encontram cerca de sete mil famílias, no município dos Gambos.
Em declarações à imprensa, no final da visita de trabalho de cinco dias à Huíla, Manuel Fernandes disse que o grupo de deputados da bancada da CASA-CE constatou de perto a “situação calamitosa”, provocada pela seca nos municípios da Chibia e Gambos.
“Em algumas zonas destas áreas, consegue-se encontrar alguma água, mas existe muita dificuldade de alimentos. Requere-se medidas urgentes para debelar a situação”, disse.
O político mostrou-se preocupado com o mau estado das vias rodoviárias de acesso aos municípios dos Gambos e Chibia. Defendeu, por isso, a reabilitação das vias secundárias e terciárias, para viabilizar a circulação de pessoas e bens entre as comunas e os respectivos municípios.
Seca nos Gambos
O administrador municipal dos Gambos, Elias Sova, garantiu estar em curso alguns projectos para mitigar os efeitos da seca que assola mais de 40 mil pessoas na região.
A falta de alimentos e pastos, referiu, está na base do intenso movimento de gado na região. “A maioria dos pastores encaminha as suas manadas para o vale do Tchimbolelo, onde existe algum pasto”, afirmou Elias Sova, para quem todos os pontos de água no vale do Tchimbolelo devem estar operacionais para que haja mais pastos e água em abundância.
Referiu que de momento já não ocorrem mortes de animais, mas prognostica que as mesmas venham a ocorrer nos meses de Agosto e Setembro, ou no final do ano, altura em que a seca se intensifica na região. “Estamos a fazer tudo para evitar que o pior aconteça”, afirmou o administrador dos Gambos.
Doação de bens
A Rádio Nacional de Angola na Huíla lançou uma campanha de solidariedade para angariar bens alimentares para acudir as vítimas da seca na região. O director da estação radiofónica local, Augusto José, informou que até ao momento foram doadas cerca de 7 toneladas de produtos diversos.
“O processo não decorre ao ritmo desejado, devido à crise económica e financeira do país”, disse.