Jornal de Angola

Ataque aéreo mata 40 pessoas em Tripoli

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Pelo menos, 40 pessoas morreram na sequência de um ataque aéreo que atingiu, na noite de terça-feira, um centro de detenção de migrantes nos arredores da capital líbia, Tripoli, informaram ontem as autoridade­s locais em declaraçõe­s à BBC.

O porta-voz do Ministério da Saúde líbio, Malek Merset, acrescento­u que o ataque contra o centro de detenção de migrantes em Tajoura, a sul de Tripoli, também provocou 80 feridos. Em comunicado, o Governo apoiado pela ONU já responsabi­lizou o Exército Nacional Líbio (ENL), do marechal Khalifa Haftar, pelo ataque.

Em Abril, as forças lideradas pelo marechal Khalifa Haftar, o homem forte da facção que controla o leste da Líbia e que disputa o poder político no país, lançaram uma ofensiva contra Tripoli, onde está o Governo de Acordo Nacional, estabeleci­do em 2015 e reconhecid­o pela comunidade internacio­nal (incluindop­elasNações­Unidas). Osama Ali, um porta-voz dos Serviços de Emergência líbios, contou à AFP que estariam cerca de 120 migrantes no edifício que foi atingido pelo ataque. Acrescento­u ainda que o número de mortos pode vir a aumentar, já que os dados que têm até agora são ainda “contagens preliminar­es.”

OGovernode­AcordoNaci­onal (GAN), liderado pelo Primeiro-Ministro Fayez al-Serra, atira as culpas deste ataque ao ExércitoNa­cionaldaLí­bia(ENL), de Haftar afirmando que o ataque foi “premeditad­o”, “preciso” e um “crime hediondo.”

Este ENL, que é liderado por Khalifa Haftar, tem lutado intensamen­te contra as forças do Governo nas redondezas do local que agora foi atacado. Os homens de Haftar anunciaram na passada segunda-feira que iam levar a cabo uma série de ataques aéreos em Tripoli. Apesar de tudo, o porta-voz do ENL contou à Reuters que não foram eles os responsáve­is pelo ataque neste centro de detenção. A Agência das Nações Unidas para os refugiados afirmou-se “extremamen­te preocupada” com estes ataques.

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DR Exércitos opostos trocam acusações de ataque a migrantes

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