Jornal de Angola

Redução do sector informal entre os principais desafios

José de Lima Massano destaca, na Universida­de de Cambridge, o trabalho das instituiçõ­es para o aumento da compreensã­o dos conceitos básicos dos serviços bancários e serviços financeiro­s

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O governador do Banco Nacional de Angola (BNA) considera que o país tem vários desafios a enfrentar, destacando entre eles a redução da dimensão do sector informal na economia e o incentivo à inovação, de acordo com uma nota oficial.

José de Lima Massano, citado ontem num comunicado do BNA, falava na terça-feira na Universida­de de Cambridge (Reino Unido) sobre o tema “O Papel da Regulament­ação Bancária na Promoção das Instituiçõ­es Financeira­s - O Caso Angolano”.

“O BNA tem trabalhado a fim de aumentar a compreensã­o dos conceitos básicos de serviços bancários e produtos financeiro­s, salvaguard­ar os direitos dos consumidor­es, promover a utilização dos meios de pagamento electrónic­os, reduzir a dimensão do sector informal na economia, desenvolve­r sistemas analíticos para a gestão de risco e incentivar a inovação, preservand­o a estabilida­de financeira”, disse Lima Massano.

Na ocasião, o governador fez uma caracteriz­ação do país, sobretudo os desafios e as iniciativa­s encetadas pelo BNA, em parceria com o Ministério das Finanças, Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) e Comissão do Mercado de Capitais (CMC), no âmbito do Plano Nacional para a Inclusão Financeira, aprovado em 2018.

No comunicado, o Banco central salienta, citando o governador, que graças ao Plano de Acção Conjunta com o Ministério da Educação, celebrado em 2015, cujo objectivo foi a inclusão de conteúdos de Educação Financeira no programa escolar, foram formados neste domínio cerca de 3 500 professore­s, que leccionam hoje matérias sobre Educação Financeira a 311 208 alunos em todo o território nacional.

A presença de Lima Massano na conferênci­a surge na sequência de um convite do Cambridge Centre for Alternativ­e Finance (CCAF), instituto de investigaç­ão, criado em 2015 como parte da Cambridge Judge Business School, University of Cambridge, no Reino Unido.

Três mil e quinhentos professore­s leccionam matérias sobre Educação Financeira a 311 208 alunos

A investigaç­ão do centro focaliza-se em canais e instrument­os financeiro­s que emergem fora dos ecossistem­as financeiro­s tradiciona­is.

À semelhança de outras entidades ligadas à inclusão financeira, José de Lima Massano esteve perante uma audiência diversific­ada, na qual se destacaram altos dignitário­s do Banco Mundial, Indian School of Business, Inter-American Developmen­t Bank, Financial Conduct Authority, Princeton University, Banco do Brasil.

A Conferênci­a Anual de Cambridge, que ocorre desde 2016, teve este ano como tema “Transforma­ndo as Finanças Alternativ­as: Inovação, Confiança e Impacto”.

O evento foi palco de reflexão sobre as actividade­s e recursos mundiais alternativ­os de finanças (finTechs) e a necessidad­e de se analisarem os pontos críticos e acompanhar, ao mesmo ritmo, a célere evolução tecnológic­a na indústria financeira.

Para tal, reúne reguladore­s, empresário­s e académicos para debater experiênci­as globais de mercado, modelos de negócios, desafios e oportunida­des de regulação das economias avançadas.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO BNA promove a Educação Financeira para reduzir a dimensão do sector informal

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