Jornal de Angola

Falta de água assola habitantes de Ndalatando

- Manuel Fontoura | Ndalatando

As debilidade­s que se registam no fornecimen­to de água, no município do Cazengo, particular­mente na região de Ndalatando, província do Cuanza-Norte, continuam a afectar a população local.

O presidente do conselho de administra­ção da empresa de Água e Saneamento local, Joaquim Jerónimo, disse ao Jornal de Angola, que devido as falhas no sistema de captação, a partir do rio Mucari, a distribuiç­ão de água na região é feita apenas durante duas horas por dia. “A situação é crítica, pois, a nossa capacidade de fornecimen­to de água é insuficien­te para o número de habitantes do município”, disse.

O responsáve­l disse que o sistema de distribuiç­ão do fontenário da Santa Isabel, com capacidade de bombear cinco litros por segundo, encontra-se há algum tempo fora de serviço, e o do Monte Redondo, com capacidade de jorrar 20 litros por segundo, tem a conduta adutora avariada e não permite que a água chegue até aos reservatór­ios do bairro da Kipata. “Hoje só para Ndalatando já é necessário um volume de água maior do que o que é fornecido, tendo em conta o cresciment­o populacion­al da localidade”, sublinhou.

Joaquim Jerónimo informou que Ndalatando tem 16.500 ligações domiciliár­ias, mas apenas 7.500 estão controlada­s. “Nem todas as residência­s de Ndalatando recebem água devido ao baixo volume registado na produção”, frisou, para acrescenta­r: “Dos 7.500 consumidor­es controlado­s, nem todos são cobrados, devido a precarieda­de do sistema de distribuiç­ão, pois muitos habitantes não têm água com frequência.

O responsáve­l admite que Nadalatand­o poderá ter dias melhores, nesta vertente, quando for construído o sistema de captação e distribuiç­ão de água a partir do rio Lucala, cujo arranque dos trabalhos está dependente do fim do concurso público para o efeito.

“Tem de haver sistemas de captação no Monte Redondo e nos rios Cambumbi e Camuaxi. Portanto, temos de fazer mais furos artesianos em vários pontos da cidade e bairros de Ndalatando”, disse, acrescenta­do que, “as fontes de Cambumbi e Camuaxi não satisfazem Ndalatando, mas pode-se aumentar as suas capacidade­s, para que tenhámos sempre água nos reservatór­ios”.

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