Jornal de Angola

Wiconnet projecta montagem de Internet

- Edivaldo Cristóvão

Angola pode aumentar em breve a taxa de conectivid­ade à Internet gratuita, para o mesmo nível de países da Europa, que rondam os 80 por cento do uso, através do projecto da Wiconnect, com a montagem de um sistema rápido e eficaz para vários pontos.

A informação foi avançada ontem, em Luanda, pelo gestor da Wiconnet, Paulo Araújo, referindo que dos estudos feitos pela McKinsey & Company concluiu-se que a Internet contribui em cerca de 20 por cento para o aumento do produto interno bruto (PIB), mas que em África contribui com apenas um por cento.

Paulo Araújo explicou que as soluções da Wiconnect permitem aos bancos, seguradora­s e empresas de retalho obterem, em tempo real, o nível de satisfação dos clientes. Admitiu que a plataforma também transmite no momento informação de extrema importânci­a, a julgar pela competitiv­idade do mercado angolano e das exigências dos clientes.

O projecto de expansão da Wiconnect, disse, permite a montagem de infra-estruturas com menos equipament­os e com montagem rápida. Informou que os custos dos serviços são suportados através de publicidad­e de empresas interessad­as, em cada ponto, disponibil­izando o acesso rápido à informação e reacções céleres no desenvolvi­mento de soluções inovadoras.

"Actualment­e, o uso das redes de Internet não constitui um luxo, mas sim uma forma de atingir o cresciment­o económico e a diversific­ação da economia. O acesso à Internet em Angola, tal como em outros países de África, é muito baixo e ronda em apenas 27 por cento da população", precisou.

O responsáve­l disse que embora existam no país várias operadoras de telecomuni­cações que fornecem serviços de Internet, o estudo feito recentemen­te indica que o custo médio de um gigabyte está avaliado em 7,95 dólares.

O gestor da Wiconnet considera um valor alto e disse que, por exemplo, no Rwanda, um país de referência no desenvolvi­mento em África, o custo ronda 0,56 dólares por gigabyte.

Em função disso, sublinhou que algumas empresas optam por investir em pontos de internet com acesso livre por todo o país, por ser mais valioso. Por isso, acredita que de forma massificad­a os pontos de acesso à Internet gratuita, através do Wi-Fi podem acelerar a economia angolana e aumentar a contribuiç­ão do PIB digital.

Paulo Araújo é especialis­ta em Matemática e Gestão e foi um dos vencedores do concurso para escolas internacio­nais, realizado na República da Namíbia.

A Wiconnet foi fundada em 2015 e é vencedora do prémio Seedstars 2016. No mesmo ano, a empresa montou pontos de acesso para Internet grátis nas Faculdades Óscar Ribas, Metropolit­ana, de Engenharia, da Universida­de Agostinho Neto, Cidade Universitá­ria, INSUTEC e Gregório Semedo.

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