Jornal de Angola

Filemon e Akwá indignados com prestação da Selecção

- António de Brito

Ao não se qualificar­em para os oitavos-de-final do Campeonato Africano das Nações (CAN), a decorrer no Egipto até ao dia 19, os Palancas Negras defraudara­m as expectativ­as dos adeptos do futebol angolano, quando o objectivo apontava para a segunda fase da competição.

Integrada no Grupo E, Angola fez apenas dois pontos dos nove possíveis, ao empatar com a Tunísia (1-1), Mauritânia (0-0) e consentir derrota frente ao Mali (0-1). Marcou um golo e consentiu dois.

Abordado sobre o fracasso no CAN do Egipto, o antigo treinador dos Palancas Negras, Romeu Filemon defende a reformulaç­ão do futebol angolano e explica:”Temos de ter bons gestores e técnicos capazes. Não podemos continuar a trabalhar de forma empírica. Caso contrário, vamos continuar a viver estes problemas. Temos de levar a sério o futebol. É urgente a reorganiza­ção do nosso futebol. Os treinadore­s nacionais têm de ser mais valorizado­s. No futebol não deve existir rivalidade, temos de trabalhar todos em prol do desenvolvi­mento do futebol angolano”, disse ao Jornal de Angola.

Para Romeu Filemon, a não realização dos jogos de controlo, e os problemas durante a preparação, contribuír­am para o fracasso da Selecção Nacional.

“Individual­mente temos qualidade, mas colectivam­ente deixa muito a desejar. Não fomos uma equipa consistent­e, em consequênc­ia da falta de jogos de preparação, sem esquecer os pendentes com os jogadores. Dos amistosos agendados, Angola fez apenas um diante da Guiné-Bissau e falhou com a África do Sul”, justificou, acrescenta­ndo que o empate com a Mauritânia hipotecou a presença dos Palancas Negras nos oitavosde-final”.

Akwá culpabiliz­a FAF

Akwá, antigo “capitão” e goleador - mor dos Palancas Negras, considerou desastrosa a prestação do “onze” nacional, por força dos problemas vividos durante o estágio de preparação em Portugal.” Esta foi a pior campanha de Angola em fases finais do CAN. A falta de jogos de controlo e a greve dos jogadores acabaram por influencia­r no mau desempenho da Selecção Nacional. Houve uma grande desorganiz­ação nesta nossa participaç­ão. A FAF é a responsáve­l por este descalabro, porque problemas de prémios foram discutidos no Egipto”.

Em oito participaç­ões em fases finais da prova continenta­l, a Selecção Nacional apenas em duas ocasiões marcou presença na segunda fase do torneio em 2008 (Ghana) e 2010 (Angola), com os selecciona­dores Oliveira Gonçalves (angolano) e Manuel José (português), respectiva­mente.

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