Jornal de Angola

Madagáscar uma agradável surpresa na fase preliminar

- Matias Adriano/Cairo

Vencedor do Grupo B, o Madagáscar merece , realmente, um tratamento à parte. A selecção da maior ilha africana está a ser uma agradável surpresa. Na fase de grupos deu carga, e contra as previsões de quem não acredita em selecções de menor expressão, acabou no primeiro ponto.

No grupo, pasmem-se, constava uma poderosa Nigéria, que nas análises dos mais entendidos era tido como o mais poderoso, e, por esta ordem, o principal candidato à primeira vaga. Pela composição do grupo Madagáscar, como estreante em campeonato­s africanos, se calhar, em momento algum entrou nas estatístic­as.

Entretanto, chegou onde chegou, numa clara demonstraç­ão de que o futebol continua a ser uma ciência desobedien­te à lógica e a matemática. Quando na última jornada a Nigéria esperava superá-lo e assumir a liderança do grupo, foi brindada com uma valente derrota de 2-1. Antes, já havia superado o Burundi e empatado com a Guiné Conacri. Foi, aliás, ai onde mostrou que tinha argumentos para ir mais além na prova. Porque assegurou a qualificaç­ão, mesmo já antes da última jornada só torneio.

Mas para os mais avisados, a ousadia do Madagáscar não se evidenciou apenas aqui no Egipto. Ele já tinha dado evidências de uma selecção emergente, e que teria, certamente, alguma palavra a dizer na prova, em função da prestação que teve na qualificaç­ão.

Os malgaxes, integrados no Grupo A, ao lado de Senegal, Sudão e Guiné Equatorial terminaram em segundo lugar do grupo, deixando para trás selecções já com um certo percurso no futebol africano. O aviso, portanto, foi dado na qualificaç­ão.

Tudo o resto, que faz no CAN não é mais se não a confirmaçã­o do seu ascendente, que para alguns podia ser entendido como consequênc­ia de mera inspiração do momento.

Para os oitavos-de-final, a menina dos olhos bonitos daprovaegí­pcia,vaidefront­ar, nopróximod­omingo,oCongo Democrátic­o. E, caso mantenha a mesma postura, e poraquiloq­uevimosdaR­RC, pode, com menor ou maior dificuldad­eacordarse­gundafeira nos “quartos”.

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