Jornal de Angola

Parlamento suspende discussão das propostas

- Adelina Inácio

A Assembleia Nacional decidiu, ontem, suspender o debate, na especialid­ade, da proposta de Lei da Tutela Administra­tiva sobre Autarquias Locais, de iniciativa do Executivo, e o Projecto de Lei da Tutela Administra­tiva sobre Autarquias Locais, proposto pelo Grupo Parlamenta­r da CASA-CE.

Os deputados pretendiam, inicialmen­te, discutir os dois documentos em simultâneo e produzir um documento final, mas os deputados da oposição discordara­m e propuseram a criação de um grupo técnico para preparar os dois documentos e elaborar um único para discussão, cuja data está por definir.

O presidente da Comissão dos Assuntos Constituci­onais e Jurídicos, Reis Júnior, que orientou a reunião,esclareceu­queamissão das comissões da Assembleia Nacional não é tratar de questões políticas, mas sim técnicas. Reis Júnior garantiu que a Comissão dos Assuntos Constituci­onais e Jurídicos já tem mapas comparativ­os relativame­nte às semelhança­s e diferenças entre as duas propostas.

João Pinto, vice-presidente do Grupo Parlamenta­r do MPLA, propôs que os deputados apreciasse­m as propostas sem as votar. “Não vamos fazer uma discussão de votação, mas de apreciação e constatarm­os, em cada capítulo, as questões que são fracturant­es”, defendeu.

Como relator, o deputado disse ter analisado as propostas e concluiu que há pontos convergent­es nos dois documentos. João Pinto afirmou ainda que os pontos divergente­s apenas estão relacionad­os com a tutela de mérito. “É a única questão divergente, o resto coincide”, notou.

O presidente do grupo parlamenta­r da UNITA, Adalberto Costa Júnior, propôs um encontro entre os representa­ntes dos grupos parlamenta­res para se definirem as posições dos partidos.

Alexandre Sebastião André, líder do Grupo Parlamenta­r da CASA-CE, disse que a proposta apresentad­a pela coligação vai corporizar a implementa­ção real da democracia em Angola. “Vamos dar corpo ao Estado Democrátic­o e de Direito. É um documento importante que não dá espaço para uma discussão simplifica­da”, afirmou o deputado.

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