Teatro de intervenção hoje na Liga Africana
O espaço da Liga Africana volta a ser, a partir de hoje até domingo, palco do Circuito de Teatro, uma iniciativa do colectivo Pitabel
O Grupo de Teatro Oprimido (GTO) apresenta, hoje, às 20h00, na Liga Africana, em Luanda, a peça “Enigma”, inserida no programa do Circuito Internacional de Teatro (CIT), que decorre até ao dia 16 de Setembro.
Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, o encenador e director artístico do grupo, Josemar Cândido, disse que a peça retrata a estória de uma jovem (Linda) que fica impossibilitada de assumir o poder após a morte do rei Vula Kibamba, seu pai.
Na aldeia, a jovem de 20 anos, cujo verdadeiro nome ainda é desconhecido por todos, deve arranjar um noivo para se casar, como ditam as regras da aldeia, no sentido de o futuro marido ser o sucessor do seu pai. Porém, há um senão. Todos os candidatos deverão descobrir o verdadeiro nome da menina para serem merecedores de tão prestigiado cargo na aldeia.
O grupo surgiu em 2007, no Centro Cultural Agostinho Neto, em Luanda, e tem como objectivo redimensionar o teatro, tornandoo num instrumento eficaz de educação, sensibilização, mobilização e recreação. O projecto resultou de um curso organizado pelos Unicef-Angola e o Ministério da Educação. Amanhã, o dia está reservado à exibição do grupo Enigma Teatro, à mesma hora e local, com a peça “Casados e Cansados”, que retrata a vida de um casal que procura sempre a experiência dos mais velhos para resolver os problemas no seu casamento.
A sátira tem como director artístico Tony Frampenio e duração de uma hora. O grupo, fundado a 10 de Setembro de 1999, é uma academia das artes do espectáculo, cuja missão é fomentar o gosto e a prática de actividades expressivas e criativas como metodologia motivadora de desenvolvimento humano. Em 2014, venceu o Prémio Nacional de Cultura e Artes, na categoria de Teatro. A companhia de teatro Henriques Artes apresenta domingo, às 20h00, na Liga Africana, a peça “Dom Juan à Moda Angolana”, cuja figura é a personagem “Dom João”, um galanteador por excelência a quem nenhuma mulher escapa à sua incrível capacidade de conquista.
No bairro e no serviço, dizem ter “pegada”. Na verdade, as mulheres para ele são somente um jogo. A forte capacidade de usar as palavras certas no momento certo faz toda a diferença. Fazer amor e beijar são artes que bem domina. Ser-lhe fiel é muito difícil, por isso, troca de relação como quem muda uma peça de roupa.
O grupo de teatro Henrique Artes foi fundado em 2000, na sede do Colégio Henriques, por Flávio Ferrão, com o objectivo de dar suporte a jovens que apresentavam um futuro artístico brilhante. A partir disso, começaram a trabalhar arduamente e a investir seriamente nos actores, fazendo apresentações de sucessivos espectáculos, em Luanda.