Balcãs ocidentais debatem entrada na União Europeia
O ministro polaco dos Negócios Estrangeiros defendeu ontem que seja facilitada a integração europeia dos países dos Balcãs ocidentais (Albânia, Bósnia, Macedónia, Montenegro, Sérvia e Kosovo), já que “sem eles, a Europa não está totalmente unida.”
As declarações de Jacek Czaputowicz foram feitas na abertura da cimeira que ontem arrancou em Poznan, na Polónia, onde se reúnem ministros e Chefes de Governo de vários países europeus e dos Balcãs para analisar as relações entre a União Europeia (EU) e os Balcãs ocidentais.
A UE quer aumentar a sua influência na região dos Balcãs ocidentais, processo tradicionalmente liderado pela Alemanha, país a que agora se junta o Governo da Polónia, defensor da integração destas nações na União Europeia.
“Estamos convencidos de que dar início ao processo de integração europeia destes países (dos Balcãs ocidentais) será frutífero para toda a união e servirá para aumentar o espaço dos nossos valores comuns”, afirmou o ministro polaco.
“Expandir a UE é a forma maiseficientedeapoiarasreformas, aumentar a estabilidade e acelerar o desenvolvimento de qualquer país”, acrescentou Jacek Czaputowicz.
A cimeira visa dar também continuidade ao chamado “Processo de Berlim”, uma iniciativa lançada pela Alemanha, em 2014, para fomentar a integração europeia desses países do sudeste da Europa, assim como fortalecer a cooperação regional.
“O Processo de Berlim nasceu porque era necessário impulsionar o processo de adesão dos Balcãs ocidentais à UE, pelo que temos de trabalhar na modernização das estruturas estatais e ajudar estes países a resolverem gradualmente os seus problemas estruturais”, explicou Czaputowicz.
O encontro em Poznan reúne ministros dos Negócios Estrangeiros, da Administração Interna e da Economia e conta com a presença, hoje, da chanceler alemã, Angela Merkel, da Primeira-Ministra britânica, Theresa May, e do Presidente polaco, Andrzej Duda.
A perspectiva europeia dos países que integram os Balcãs ocidentais foi consolidada na Cimeira de Salónica de 2003, quando foi acordada a integração futura na União Europeia dos Estados balcânicos.
Desde então, a Albânia, a Bósnia e a Herzegovina, o Kosovo, a Macedónia, Montenegro e a Sérvia tentam ser os próximos Estados a entrar na União Europeia, uma situação que, segundo o chefe da diplomacia da Polónia, irá aumentar a estabilidade e desenvolvimento da região.