Jornal de Angola

Guindastes do Uganda enfrentam Leões da Teranga com optimismo

- Honorato Silva | Cairo Honorato Silva | Cairo

Uganda e Senegal discutem hoje às 20h00, no Estádio Internacio­nal do Cairo, sob a arbitragem de Mustapha Gorbal (Argélia), auxiliado por Abdelhack Etchiali e Mokrane Gourari, ambos argelinos, o segundo dos oito lugares reservados para os quartosde-final da Taça de África das Nações em futebol, numa disputa com favoritism­o repartido, apesar do ascendente dos senegalese­s, pelo peso dos seus jogadores.

Na segunda fase da grande montra da modalidade no continente com boa carta de recomendaç­ões, a julgar pela prestação no Grupo A, ao perder apenas diante do organizado­r Egipto, que ocupou o primeiro lugar só com vitórias nos três jogos, os Cranes (Guindastes) ugandeses estão apostados em ser um obstáculo intranspon­ível no caminho dos Leões da Teranga, obrigados a colocar em campo toda a qualidade do plantel, para evitar surpresas desagradáv­eis.

Sob o comando de Sébastien Desabre, técnico francês com passagem pelo Girabola na folha de serviço, visto ter orientado o Recreativo do Libolo, o Uganda encara a presença na etapa seguinte do CAN com a mesma naturalida­de que marcou a abordagem das preliminar­es, cujo desempenho se saldou num triunfo (2-0), na estreia frente ao Congo Democrátic­o, igualdade (11) diante do Zimbabwe, na segunda ronda, e o desaire esperado, por 0-2, imposto pelos donos da casa. Os 4 pontos somados, no segundo lugar da série, atesta a força da equipa, que dispensou as contas da última jornada.

Formatado à filosofia de jogo de Aliou Cissé, um dos obreiros do brilharete assinado em 2002, no Mundial da Coreia do Sul e do Japão, o Senegal, segundo do Grupo C, 6 pontos, fruto da vitória (2-0) sobre a Tanzânia e 30, frente ao Quénia, numa clara afirmação de competênci­a, no terceiro desafio, de modo a desfazer o embaraço criado pela derrota (0-1), num choque de titãs travado com a Argélia, pode, numa noite de inspiração de Sadio Mané, evitar apertos. Ao terminar no terceiro lugar do Grupo E da Taça de África das Nações em futebol, que decorre no Egipto até ao dia 19, com 2 pontos e apenas um golo marcado, a Selecção Nacional piorou o registo na primeira fase da prova continenta­l.

Às ordens do sérvio Srdjan Vasiljevic, na segunda presença nas terras dos faraós, depois da edição de 2006, ano em que o país olhou mais para o Mundial da Alemanha, face ao ineditismo da participaç­ão, os Palancas Negras apenas não fizeram pior que o desempenho alcançado em 1996, na estreia na África do Sul, e em 2013, no mesmo palco, edições marcadas de forma negativa, pelo registo de um ponto somado, no último lugar.

Com hipóteses legítimas de atingir a etapa seguinte da competição, na estreia da disputa dos oitavos-de-final, por força do alargament­o do número de países participan­tes, de 16 para 24, do qual resultou a continuida­de dos quatro melhores terceiros classifica­dos das seis séries, a equipa angolana borrou a pintura na última jornada, ao perder (0-1) frente às Águias do Mali, terça-feira à noite, em Ismailia, desfecho que apurou a África do Sul, na altura no hotel, sentada no sofá, sem saber se regressava mais cedo.

A fava acabou por sair aos Palancas Negras, no dia em

 ?? DR ??
DR

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola