Ministro anuncia mudanças no sector mineiro em Angola
As oportunidades de investimento no Sector Mineiro de Angola foram apresentadas ontem, em Lisboa, nas instalações do Ministério da Economia de Portugal, durante um seminário que teve a participação do ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo.
Depois de ter sido apresentado pelo ministroadjunto e da Economia de Portugal, Siza Vieira, Diamantino Azevedo fez uma pormenorizada radiografia do actual momento do sector mineiro em Angola, perante uma audiência maioritariamente composta por empresários do sector interessados em investir no nosso país.
Na ocasião, o ministro angolano sublinhou a importância dos recursos minerais sólidos no contexto da economia nacional, anunciando que está em curso um levantamento tendente a melhorar o conhecimento geológico do país. O ministro referia-se ao Plano Nacional de Geologia (Planageo), que prevê o levantamento de todos os recursos minerais que existem no país, quantidade, qualidade e localização.
Iniciado em 2014, o Planageo está mais avançado na região Sul e Sudeste, atribuído a um consórcio integrado pela empresa Impulso Industrial Alternativo, Instituto Geológico e Mineiro (IGM) de Espanha e o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (INEG) de Portugal.
A pesquisa abrange as províncias do Namibe, Huíla, Cunene, Benguela, Huambo, Bié, parte do Cuando Cubango e parte do Cuanza-Sul, numa extensão territorial de quase 470 mil quilómetros.
Diamantino Azevedo, sublinhou que está a decorrer em Angola um processo de reestruturação do sector mineiro, que inclui a criação da Agência Nacional dos Recursos Minerais, onde será englobada a empresa Ferrangol, que entretanto será extinta. A reestruturação do sector mineiro angolano passa, também, pelo fortalecimento do Instituto Geológico de Angola através da criação de três novos laboratórios, um no sul do país, outro no nordeste e um outro em Luanda.
Esta mesma reestruturação inclui a introdução de mudanças na orgânica da empresa Endiama, visando a sua entrada na bolsa de valores até finais de 2022. No mesmo âmbito, está ainda prevista a criação de um Instituto Superior de Petróleos e Minas, que terá por principal objectivo a formação de técnicos especializados. O ministro angolano sublinhou ainda que é intenção do Governo angolano promover a criação de um Centro de Lapidação e a criação de condições para o aumento da exploração de rochas ornamentais.
Durante o seminário, foi ainda anunciada para breve a deslocação a Angola de uma missão empresarial portuguesa, ligada ao sector mineiro, com o objectivo de analisar possibilidades de investimento no nosso país. De referir, que o ministro angolano dos Recursos Naturais e Petróleos estava acompanhado por uma delegação que incluía o embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, o director-geral do Instituto Geológico de Angola, Canga Xiaquivuila, o director nacional dos Recursos Minerais, André Buta Neto e a administradora Executiva da Endiama, Ana Feijó, além de outros funcionários e colaboradores do Ministério. Os trabalhos da 12ª Sessão Extraordinária da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA) iniciaram ontem, em Niamey (Níger), com a reunião do Conselho Executivo. Angola está representada pelo secretário de Estado das Relações Exteriores, Téte António.
O conselho vai preparar, até hoje, a Cimeira Extraordinária da UA, marcada para domingo, dia 7, cujo destaque recai para o Lançamento da Fase Operacional da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), refere em nota os Serviços de imprensa da Representação Permanente de Angola na UA.
Na capital do Níger a delegação angolana vai ser chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, integrando ainda o titular da pasta do Comércio, Joffre Van-Dúnem, Francisco da Cruz e Georges Chikoti, embaixadores na Etiópia e UA, e no Reino da Bélgica e UE, respectivamente, bem como Eustáquio Quibato, na Nigéria.
Os dois encontros foram antecedidos da Sessão do Comité de Representantes Permanentes (embaixadores) dos Estados-membros da União Africana, realizado no período de 17 a 27 de Junho, na sede da UA, em Addis-Abeba.
Antes de submeter aos Chefes de Estado, o conselho discute os relatórios como o da Reunião dos Ministros Africanos do Comércio que decorreu segunda e terçafeira, o do Comité Ministerial para a Implementação da Agenda 2063, e o do Comité Ministerial de Candidaturas ao Sistema internacional.