Empresário comete suicídio num acto público no Brasil
O empresário Sadi Gitz matou-se, ontem, ao atirar contra o próprio rosto, num evento na capital de Sergipe, Aracaju, na qual participava o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Sadi Gitz estava na plateia do simpósio sobre gás natural, uma conferência que contava também com a presença do governador Belivaldo Chagas Silva, parlamentares locais e empresários. Gitz era dono de uma empresa de cerâmica que faliu, a Escurial.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, o empreendimento trabalhava muito com gás. A empresa enfrentava dificuldades há algum tempo e, actualmente, está em recuperação judicial. “Ele chegou ao evento e chamou o governador de mentiroso”, afirma a SSP.
Num comunicado, o governo do Estado de Sergipe lamentou o ocorrido com o empresário Sadi Gitz e cancelou o Simpósio de Oportunidades para o Novo Cenário do Gás Natural, com participação de cerca de 500 pessoas.
Em 17 de Maio deste ano, a Escurial anunciou o processo de hibernação do parque industrial. Num comunicado, a empresa culpou directamente a Sergas pelo acontecimento, dizendo que “política de preços encontra-se abusiva”. Assim, afirmou a empresa, foram perdidos 600 empregos directos e indirectos. Ainda na nota, a empresa diz que “o motivo determinante para essa decisão foi o preço do gás cobrado pela Sergas, empresa do Governo do Estado de Sergipe”.