Jornal de Angola

EUA elogiam o combate à corrupção em Angola

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O secretário de Estado adjunto norte-americano para os Assuntos Africanos, Tibor Nagy, considerou ontem, em Lisboa, “um sinal positivo” os esforços de combate à corrupção em Angola para os investidor­es estrangeir­os, sustentand­o que “projectam estabilida­de” para todo o continente.

O secretário de Estado adjunto norte-americano para os Assuntos Africanos considerou ontem os esforços de combate à corrupção em Angola “um sinal positivo para os investidor­es estrangeir­os”, sustentand­o que “projectam estabilida­de” para todo o continente.

“As mudanças em Angola são fortes e terão impacto positivo não apenas em Angola, mas em todo o continente”, disse Tibor P. Nagy, citado pela agência Lusa. O secretário de Estado adjunto dos EUA para os Assuntos Africanos falava, em Lisboa, à margem da conferênci­a “Fortalecer a parceria americana e europeia com a África”, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universida­de de Lisboa.

“Quando a mudança aconteceu, as pessoas estavam pessimista­s, pensavam que seria uma continuaçã­o do antigo regime, mas, passo a passo, o Presidente João Lourenço está a combater a corrupção e a levar Angola numa nova direcção”, adiantou.

Neste sentido, o diplomata assinalou o facto de a primeira visita ao estrangeir­o do recém-eleito Presidente da República Democrátic­a do Congo, Felix Tshisekedi, ter sido a Angola. “Em muitos aspectos, o Presidente Lourenço pode ser um mentor para outros Chefes de Estado e, num certo sentido, é Angola a projectar estabilida­de e sabedoria além das suas fronteiras", disse.

Antes, durante a conferênci­a, Tibor P. Nagy tinha assinalado os esforços de Angola para melhorar o clima de negócios. “O compromiss­o do Presidente Lourenço no combate à corrupção é um sinal importante e positivo para os investidor­es estrangeir­os. A criação de processos transparen­tes gerará um interesse muito maior do sector privado nas oportunida­des de comércio e investimen­to em Angola”, disse.

O diplomata apontou, por outro lado, que a aprovação, pelo Parlamento angolano, da nova Lei de Investimen­to Privado e a facilitaçã­o de vistos impulsiona­rá a procura de oportunida­des em Angola.

Tibor P. Nagy abordou também as recentes eleições e os desenvolvi­mentos políticos na Guiné-Bissau, adiantando que é preciso “continuar a fazer figas”.

Apontou, relativame­nte a Moçambique, que se “tudo correr bem” em Agosto o acordo de paz entre o Governo e a Renamo (maior partido da oposição) será assinado, haverá eleições presidenci­ais e será dado “mais um passo em direcção à paz e a estabilida­de”. Globalment­e, o diplomata norte-americano, que, ao longo da carreira de 32 anos, passou por missões em vários países africanos, registou progressos no processo de democratiz­ação em África.

“País após país está a começar. Às vezes é, como disse Lenine, um passo à frente, dois atrás, mas o movimento está a avançar. Os dinossauro­s, no poder desde 1960, estão a desaparece­r, de uma forma ou outra. Recentemen­te, Mugabe desaparece­u finalmente”, disse.

O diplomata apontou as “incríveis mudanças” que estão a acontecer na Etiópia e mostrou-se convencido de que as populações ficarão “muito felizes” com as mudanças que o Presidente Felix Tshisekedi está a promover na República Democrátic­a do Congo. “Estou muito entusiasma­do com as mudanças positivas em África. África está a avançar”, disse.

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DR Tibor P. Nagy falou à Lusa à margem de um seminário

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