(Marshall) PIIM
Os planos desde que bem concebidos e conseguidos em prol do interesse público, para acudir necessidades gritantes dos cidadãos, em vários domínios, com destaque para o económico e social, geram enormes expectativas, e são igualmente objecto de múltiplas interpretações, incluindo de viés político, por mais nobre que sejam as suas razões de ser.
O PIIM – Plano Integrado de Intervenção Municipal, lançado pelo Presidente da República, tem o condão de atacar pela “raiz” as preocupações básicas com que as populações se debatem, mas que nunca encontraram solução num formato idêntico “in-situ”, porque o seu tratamento, a nível Central, era a regra de ouro.
Tal prática, que consistia na apreciação do país de forma “virtual”, com base em relatórios fictícios de gráficos hilariantes, nunca poderia ter produzido resultados que fossem ao encontro dos anseios almejados pelas populações e da própria economia, antes pelo contrário, a vida degradou-se drasticamente, a economia definhou, tendo a prosperidade dos seus (poucos) mentores atingido o “clímax” à custa de toda uma Nação...!!!
Estruturada meticulosamente, com efeitos gravosos de médio/longo prazos, a estratégia burocrática instalada em toda a administração pública, génese da corrupção, no quadro da lógica de “venda” de dificuldades para obtenção de benefícios, destruiu ou adiou sonhos de milhões, retardou o desenvolvimento socioeconómico do país, restando-nos agora a “consolação” de recomeçar com este “Marshall” PIIM, de cujo êxito, mais do que exteriorizar o cínico-cepticismo, requer acção conjunta, porque atrasados já andamos nós, há mais de três décadas.
O Presidente João Lourenço, ao ‘herdar” o país com os principais indicadores de desenvolvimento abaixo dos níveis mínimos: saúde precária, défice de escolaridade, mono-produtor, alto índice de desempego, infra-estruturas rodoviárias e outras em estado deplorável, não lhe resta(va), entre as medidas ousadas que tem vindo a empreender, eleger e lançar também o PIIM à dimensão nacional, como a Europa o fez, após a Segunda Guerra Mundial, em profundo estado de crise, tendo culminado com a sua total reconstrução, em menos de vinte anos.
É bem verdade que, da parte de quem deixou de usufruir das “benesses” do passado, encontrará somente “defeitos”!.., mas que, pelo menos, seja dada “oportunidade” ao PIIM, esboçar os seus primeiros passos, ao invés de sentenciá-lo de “morte” prematura à nascença.
“Welcome” PIIM – Programa Integrado de Intervenção Municipal, para o resgate da dignidade (perdida) dos angolanos, garantidos que estão os dois mil milhões de dólares para a sua implementação – (bem) retirados do Fundo Soberano, tendo antes gerado benefícios a terceiros, em detrimento do Estado Angolano.
É bem verdade que, da parte de quem deixou de usufruir das “benesses” do passado, encontrará somente “defeitos”!.., mas que, pelo menos, seja dada “oportunidade” ao PIIM, esboçar os seus primeiros passos, ao invés de sentenciá-lo de “morte” prematura à nascença
* Economista