OTAN preocupada com mísseis russos instalados na Europa
Moscovo recusa-se a destruir os novos mísseis instalados na Europa, disse ontem, em conferência de imprensa, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, após uma reunião do conselho da Aliança-Rússia, em Bruxelas.
“Não vimos qualquer indicação de vontade por parte da Rússia de agir no cumprimento do Tratado sobre as Armas Nucleares de Alcance Intermédio (INF) e destruir estes mísseis até 2 de Agosto”, disse Stoltenberg.
“Temos de nos preparar para um mundo sem tratado INF, que será menos estável para todos nós”, acrescentou. Moscovo, esclareceu também o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), “também mostrou-se preocupado com a aplicação do tratado”, acrescentando que “todos os participantes expressaram um forte compromisso num controlo efectivo de armamento, com o desarmamento e a não proliferação”.
A questão do conflito na Ucrânia foi igualmente debatida na reunião do conselho OTANRússia, com os aliados a registarem a “falta de progressos nos Acordos de Minsk” e a reiterarem o pedido de libertação de navios e tripulações ucranianos detidos pela Rússia desde Novembro.
Os EUA iniciaram em Fevereiro o processo de retirada do INF - após o que a Rússia decidiu suspender a participação no mesmo - tendo estipulado um prazo de seis meses (até 2 de Agosto próximo) para Moscovo destruir os mísseis SSC-8 que consideram ser de médio alcance e poder atingir a Europa.
Se a Rússia não cumprir, o INF caduca. O Tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermédio foi assinado em Dezembro de 1987 pelo Presidente Ronald Reagan e o líder da ex-União Soviética Mikhail Gorbatchov e proibiu ambos os países de possuírem e testarem mísseis balísticos de médio alcance (de 500 quilómetros