BMA assina acordo com agência do BancoMundial
Atlântico anuncia para segunda-feira a subscrição de financiamento com a Corporação Financeira Internacional
O Banco Millennium Atlântico (BMA) assina segundafeira, em Luanda, um acordo de financiamento com a Corporação Financeira Internacional (IFC, sigla inglesa), o braço financeiro do Banco Mundial para apoio a projectos do sector privado, informou a instituição angolana em comunicado.
O documento indica que o acordo é assinado nas instalações do BMA, na Cidade Financeira, e “enfatiza a relevância que as entidades internacionais atribuem agora ao mercado angolano”.
Em meados de Junho, o presidente da comissão executiva do BMA, Daniel Santos, revelou ao Jornal de Angola, em Lisboa, que o banco estava em vias de assinar com a IFC compromissos totais de 100 milhões de dólares, repartidos em metades de 50 milhões, para financiar a economia.
Naquela altura, de acordo com Daniel Santos, os financiamentos já tinham sido aprovados pela agência multilateral, acrescendo-se a uma outra linha de crédito de 30 milhões de euros disponibilizada para o mesmo fim pelo banco alemão Commezbank, obtida para o mesmo fim.
O Atlântico, sublinhou Daniel Santos, é o primeiro banco angolano de capitais privados a assumir compromissos do género, os quais constituem uma demonstração de que “quando as instituições angolanas tentam expor-se ao exterior e agregar mais valor aos parceiros internacionais conseguem fazê-lo em benefício próprio das organizações, mas também em benefício do país”.
Há pouco mais de uma semana, a administradora executiva do BMA, Odyle Cardodo, anunciou que o banco tem disponíveis duas linhas de crédito para financiar projectos empresariais que perfazem 80 milhões de dólares.
Num encontro com empresários do município de Viana, a administradora apontou a linha do Commerce Bank, avaliada em 30 milhões de euros, e outra de 50 milhões de dólares da IFC.
Odyle Cardoso disse à imprensa que essas linhas de crédito permitem às pequenas e médias empresas com projectos uma maior capacidade para se posicionarem no mercado da produção nacional e da diversificação da economia.
“As linhas estão disponíveis e já permitiram o financiamento de um projecto de reciclagem de plástico, o que revela a capacidade do banco, não só de estar alinhado com as políticas do Executivo, que é contribuir para os projectos inseridos na cadeia do Programa de Apoio ao Crédito (PAC), mas assegurando, também, que temos todos os mecanismos para continuarmos a fomentar o crescimento da economia”, declarou naquela ocasião Odyle Cardoso.
O BMA “está muito bem posicionado” nesses domínios, afirmou a administradora, numa referência a um acordo rubricado com o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) no quadro do Programa de Apoio ao Crédito (PAC), em que subscreveu uma linha de 15 mil milhões de kwanzas, além das linhas internacionais de suporte ao financiamento das pequenas e médias empresas angolanas, um trabalho iniciado há cerca de dois anos.
O encontro realizado com os operadores económicos de Viana inseriu-se numa estratégia, iniciada há cerca de dois anos em Cabinda, denominada “Comissão Executiva fora de portas”, que permite à instituição um contacto mais directo com os clientes, para tomar decisões de gestão.