Jornal de Angola

226 alunos desmaiaram numa escola do Sequele

- Pereira Dinis e Roque Silva

226 alunos da Escola do Segundo Ciclo do Ensino Secundário Padre Inácio Tambo, na cidade do Sequele, em Cacuaco, desmaiaram, ontem, por motivos até agora desconheci­dos.

As vítimas de desmaio foram, algumas, assistidas no recinto escolar e outras, a maioria, no Centro de Saúde de Referência do Distrito Urbano do Sequele. município de Cacuaco, província de Luanda.

Alguns dos assistidos na unidade hospitalar foram transporta­dos por colegas e outros por técnicos do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, apoiados por duas ambulância­s medicaliza­das.

Os alunos assistidos no Centro de Saúde receberam alta, depois de terem sido avaliados e tratados, até às 15h00.

Os que foram considerad­os pacientes menos graves ingeriram água e lavaram o rosto, enquanto os aparenteme­nte graves receberam um medicament­o injectável e vão continuar a ser acompanhad­os durante alguns dias.

Os casos de desmaio chegaram ao conhecimen­to da unidade sanitária quando recebeu inicialmen­te três alunos, número que veio a crescer para 226, a maioria dos quais perdeu os sentidos por volta das sete horas da manhã.

Ontem, não se falava de outra coisa na cidade do Sequele, tendo o assunto “desmaio” dominado as conversas nas escolas locais, no próprio Centro de Saúde e no mercado, que está junto à escola onde desmaiaram os 226 alunos, da 10ª à 13ª classes.

Até à hora do fecho desta edição as causas dos desmaios eram ainda desconheci­das. Uma médica, que preferiu não se identifica­r, garantiu ao Jornal de Angola que nada de grave aconteceu aos alunos. A técnica de saúde frisou que a equipa médica recolheu amostras de sangue e saliva para serem analisados e confirmou que as vítimas vão constar de uma base de dados.

O segundo comandante do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros no Distrito Urbano do Sequele, José Ramos, afirmou que o órgão conseguiu controlar a situação e agradeceu aos pais dos alunos e moradores da cidade do Sequele que também transporta­ram algumas das vítimas de desmaio.

José Ramos lembrou que os primeiros casos de desmaio na província de Luanda remontam ao ano de 2009 e disse ser necessário que seja encontrada urgentemen­te uma explicação para a ocorrência do fenómeno.

As três escolas do Sequele não tiveram aulas, nos três períodos–manhã, tarde e noite. As três escolas têm uma população estudantil de 10.400 alunos.

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