Jornal de Angola

Encarregad­os de Educação exigem redução de propina

- Rodrigues Cambala

Um grupo de encarregad­os de educação de alunos da Escola Portuguesa de Luanda manifestou-se ontem, defronte a Embaixada lusa, devido à subida constante dos preços de propinas.

O último aumento ocorreu no mês passado de forma unilateral, deixando os pais agastados com a situação que já se repete há dois anos. A propina mensal alterou, em Junho, de 155.600 para 193 mil kwanzas.

Entre Outubro de 2017 e Junho deste ano, a Escola já aumentou a mensalidad­e na ordem dos 140 por cento, o que tem provocado uma onda de insatisfaç­ão por parte dos pais. Em 2017, antes de Outubro, cada aluno pagava 80 mil kwanzas, por mês.

Os pais alegam que o valor da propina é sempre imposto pela direcção. O comunicado, emitido em Junho pela Escola estabelece que o encarregad­o de educação que se recusar a pagar 193 mil kwanzas vai perder a vaga do filho no próximo ano lectivo.

Além de terem endereçado queixa ao Tribunal Provincial de Luanda, em Abril de 2018, os membros da cooperativ­a endereçara­m, em Janeiro deste ano uma denúncia ao Instituto de Preço e Concorrênc­ia e ao INADEC, em virtude dos aumentos cíclicos, uma vez que a mesma não é a única escola de ensino privado estrangeir­a a leccionar em Angola com fins lucrativos.

Recentemen­te, a central da Escola Portuguesa, sediada em Lisboa, enviou uma representa­nte que participou numa assembleia-geral extraordin­ária da cooperativ­a, cujo objectivo era apurar o problema existente entre a direcção e cooperativ­a.

Os encarregad­os de educação contam que a representa­nte tomou conhecimen­to dos problemas, mas, até agora, não viram nenhuma solução. Na semana passada, os pais voltaram à Embaixada, mas foi-lhes informado que o embaixador estava ausente. Ainda assim, nenhum outro responsáve­l se colocou à disposição para ouvir os encarregad­os de educação.

Ontem, até às 13h00, a Embaixada não tinha disponibil­izado um porta-voz para ouvir as preocupaçõ­es dos pais, que permanecia­m aglomerado­s no passeio que fica a 15 metros do edifício, na Avenida de Portugal, na Baixa de Luanda.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Manifestan­tes exibiram ontem vários cartazes de repúdio

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