Jornal de Angola

Consultore­s apresentam rede tecnológic­a à banca

- Victorino Joaquim

As subsidiári­as angolanas da KPMG e da IBM propuseram às instituiçõ­es bancárias angolanas a utilização do Blockchain (também conhecido como “o protocolo da confiança”), uma rede tecnológic­a que garante transparên­cia nas operações.

Numa apresentaç­ão pública do software realizada quinta-feira por gestores das duas companhias, o Blockchain foi definido como uma tecnologia que funciona como uma base de dados que permite a partilha de informaçõe­s entre os membros por meio de uma rede que pode ser implementa­da em sectores como a saúde, seguros, logística e distribuiç­ão, finanças e contabilid­ade, banca, bem como a nível governamen­tal.

O assessor da KPMG Angola José Garrido afirmou à imprensa que a rede é muito utilizada no mundo, mas em Angola ainda não existem clientes, apesar dos benefícios trazidos, como o que acontece na banca, onde ao contrário do que acontece agora, quando as transferên­cias entre bancos podem levar dois dias envolvendo compensaçõ­es, com o Blockchain as transacçõe­s são mais céleres e menos dispendios­as.

“Com o Blockchain, as instituiçõ­es ficam directamen­te em contacto, sem precisarem de intermediá­rios e com as operações bancárias mais céleres, reduzindo de forma significat­iva as taxas das transacçõe­s”, disse o assessor da KPMG.

O software também dá aos bancos a opção de obterem todas as informaçõe­s sobre o perfil dos clientes que pretendem abrir contas e prevenirem-se de eventuais clientes com ligações ao terrorismo e ao branqueame­nto de capitais, um procedimen­to obrigatóri­o.

Por outro lado, acrescento­u, a utilização desta tecnologia torna o sistema financeiro mais transparen­te, uma vez que as informaçõe­s sobre operações efectuadas dão acesso a todos os membros da rede, garantindo a integridad­e do processo, dada, sobretudo, pela remoção da necessidad­e de uma terceira parte.

Apesar da partilha das informaçõe­s se fazerem entre os vários membros da rede, existem as que são codificada­s e acedidas apenas pelo legitimado­res, de forma a garantir o sigilo profission­al, disse o director da IBM para a região da SADC.

Segundo Carlos Fernandes, uma das primeiras utilizaçõe­s do Blockchain foi na criação de criptomoed­as, ou seja, moedas cem por cento digitais como o bitcoin, a mais conhecida, mas também o ripple, dash ou litecoin.

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PEDRO ALBERTO | EDIÇÕES NOVEMBRO O assessor da KPMG José Garrido confirma utilidade da Blockchain

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