Autarquias em destaque na cerimónia de abertura
As autarquia estiveram em foco na cerimónia de abertura da 14ª edição do Festival Internacional de Teatro do Cazenga (Festeca), realizada na quintafeira, no Centro de Animação Artística Anim’art, em Luanda, num espectáculo em que o administrador municipal, Albino da Conceição, foi um dos actores.
No papel de Avô Conselheiro da peça, sobre a importância das autarquias, Albino da Conceição mostrou aos munícipes o seu interesse em participar na “vida artística” do Cazenga. A peça teve ainda a participação da dupla de humoristas KK, os homenageados deste ano, do Festeca.
Depois da exibição, os homenageados receberam os diplomas de mérito, entregues pelos secretários de Estado da Juventude e Desportos, Carlos Almeida e Guilhermina Mayer Alcaim. A dupla Kunda e Kapuete agradeceu à organização do festival por ter reconhecido o trabalho que tem desenvolvido. A dupla explicou que hoje são autores conhecidos graças, também, ao Globo Dikulu, que lhe ofereceu o primeiro curso de autor.
O secretário de Estado Carlos de Almeida prometeu maior apoio institucional do Ministério da Juventude e Desportos às actividades culturais no país, de forma a despertar o interesse dos jovens pelas artes.
Guilhermina Mayer Alcaim aproveitou a ocasião para felicitar a direcção do Festeca por, anualmente, apostar na divulgação e valorização das artes cénicas, em particular o teatro, e leválas até às comunidades.
O primeiro dia do festival terminou com a exibição da comédia “Escola de Mulheres”, pela companhia Tic Tac. Peça de Molière, escrita no século XVII, é uma sátira do dramaturgo francês sobre um marido que procura uma mulher bela, disposta a ficar em casa, como forma de evitar uma eventual traição.
Para Orlando Domingos, presidente da Associação cultural Globo Dikulo, a realização do Festeca é sempre uma oportunidade para dar a conhecer outras realidades sociais, assim como a melhor forma de incentivar a troca de experiências entre os artistas.
Orlando Domingos considerou o Festeca, actualmente na sua 14ª edição, um projecto que conseguiu ir além das expectativas, que começou como comunitário e se tornou internacional. “É preciso que haja mais iniciativas do género, não só no teatro, que até tem dado boas provas de crescimento, em termos de festivais internacionais, mas também noutras artes.”
O Festeca termina no dia 14. Até lás várias peças vão ser exibidas no Anim’art do Cazenga, em espectáculos de grupos nacionais, da África do Sul, Brasil, Portugal, Cabo Verde, Moçambique e Estados Unidos.