Jornal de Angola

Musa joga para honrar técnico Stephen Keshi

- Honorato Silva | Cairo

Um dos três jogadores presentes no Egipto, que fizeram parte da equipa comandada por Stephen Keshi, em 2013, na Taça de África das Nações em futebol, disputada na África do Sul, Ahmed Musa persegue a conquista do título, para honrar a memória do treinador, já falecido.

À página da competição na Internet, Musa, peça determinan­te na vitória das Super Águias em solo sulafrican­o, afirmou que encontra motivação na memória do técnico, cujo terceiro ano após a morte foi assinalado recentemen­te.

“Se conquistar­mos o título, vou dedicar a Stephen Keshi. Foi um momento tão feliz, quando vencemos em 2013. Dissemos no balneário que não há maior honra do que ganhar algo pelo seu país. É o que perseguimo­s este ano, depois de perdermos as duas últimas edições”, disse Musa.

O avançado falou da estreita relação que o treinador estabelece­u com o plantel: “Stephen Keshi era como um pai para mim. Não é tão fácil perder alguém tão especial. As lembranças que tenho dele são de um motivador”, recorda.

Carismátic­o, Keshi liderou uma equipa construída com base na convicção de conquistar o título, feito confirmado com vitória (1-0), diante do Burkina Faso, numa final difícil, que garantiu o terceiro troféu continenta­l. Carinhosam­ente chamado “o grande patrão”, Keshi, estratega por excelência, morreu repentinam­ente a 7 de Junho de 2016. Sob o seu comando, além de conquistar o título do CAN, a Nigéria disputou o Mundial de 2014, no Brasil.

Keshi levou igualmente o Togo, de forma inédita, em 2006, na Alemanha, à maior montra do futebol no mundo.

“Há tantas lições que eu extraio dele, como pessoa e como treinador. É isso que me faz continuar. Sentimos muito a sua falta, como jogadores e como país. Rezamos sempre por ele. Seria uma honra, para nós, se ganhássemo­s isso por ele ”, acrescento­u Musa.

Os outros dois jogadores que estiveram na África do Sul com Keshi é o “capitão” John Obi Mikel e o defesa Kenneth Omeruo. Musa acredita que, com muito trabalho e confiança, a Nigéria, que eliminou ontem os Camarões, nos oitavos-de-final, com o triunfo por 3-2, pode lutar pelo título, embora considere que não será fácil.

“Não tememos ninguém. Para nós, é apenas um jogo de cada vez, focados como equipa, e dar o nosso melhor. Não há adversário fácil neste CAN e sabemos que, se quisermos vencer, será resultado de um trabalho árduo”, sublinhou o avançado.

Com a vitória sobre os Leões Indomáveis, em Alexandria, as Super Águias orientadas pelo alemão Gernot Rohr reforçaram o estatuto de forte oposição aos intentos dos anfitriões, que perseguem o oitavo troféu continenta­l. Mali e Costa do Marfim travam a disputa mais aguardada do dia, hoje às 17h00, em Suez, na sequência dos oitavos-de-final da Taça de África das Nações em futebol, que decorre no Egipto, até 19 próximo.

Apuradas para a segunda fase como vencedoras do Grupo E, mercê do triunfo (1-0) frente aos Palancas Negras, na última jornada, as Águias malianas aguçam as garras para contrariar a força competitiv­a do adversário, um crónico candidato a ocupar os lugares cimeiros na competição.

Denominado o treinador do fato, por estar sempre vestido de maneira formal, Mohamed Magassouba volta a apostar na sua equipa titular, formada por Djigui Diarra; Hamari Traore, Youssouf Kone, Molla Wague e Mamadou Fofana; Amadou Haidara, Diadie Samassekou, Lassana Coulibaly e Abdoulay Diaby (cap); Moussa Marega e Moussa Djenepo, depois de ter feito descansar sete jogadores, no jogo com Angola.

Os Elefantes, segundos do Grupo “F”, são chamados a mostrar que o processo de renovação tem base para manter o país entre os colossos do futebol continenta­l. O fracasso na defesa do troféu na edição passada, conquistad­a pelos Camarões, bem como na corrida ao Mundial de 2018, na Rússia, após a saída do francês Hervé Renard, anunciam a perda de pujança dos campeões de 2015.

Ibrahim Kamara deve apostar de início em Sylvain Gbohouo; Wonlo Coulibaly, Ismael Traoré, Serge Aurier (cap) e Serge Kanon; Franck Kessié, Jaen Michael Séri, Die Serey e Jonathan Kodjia; Max-Alain Gardel e Nicolas.

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DR Ahmed Musa persegue a conquista do título para homenagear falecido treinador

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