A nova faceta do terror na TV
Adaptada de um conto do “mestre” do terror moderno, a série provou ser uma renovação deste género, ao colocar elementos inovadores e apresentar uma história repleta de momentos inesperados que conseguem prender o público do princípio ao fim
Inteligente. Assustador. Intimidador. Este é a nova imagem do terror na televisão. Com o título de “Castle Rock”, a adaptação do "suspense" de Stephen King é impressionante e um “bálsamo” revigorante num estilo pouco explorado nos últimos anos no “pequeno” ecrã.
Também o que se poderia esperar da adaptação de um livro de Stephen King, o “mestre” do terror moderno. Do primeiro episódio ao último somos “presos” pela curiosidade de saber como vai terminar a história. Até o próprio final é surpreendente e abre portas para uma nova temporada, que se espera bem elaborada quanto esta.
Num misto de terror, ficção, magia, "suspense", drama e investigação, “Castle Rock” é uma daquelas séries de televisão que promete, a partida, ser promissoras e ir mais além das expectativas dos seus criadores. A recepção positiva da crítica e dos fãs é uma das provas.
Talvez o segredo esteja na mistura do cenário sombrio e misterioso, com uma história cheia de reviravoltas, onde em cima é em baixo e o certo pode ser errado. Com esta mistura, o estúdio Hulu conseguiu criar a “dose certa” de terror para o público moderno, mais exigente e já não vê nos “banhos de sangue” exagerados o medo característico das produções do género.
“Castle Rock” é um terror moderno, feito de forma perspicaz e adaptado à televisão, para que o público desfrute o suficiente de novas perspectivas deste género, que não se limita apenas ao simples terror e remete os telespectadores a uma viagem pelo imaginário da mente humano, onde os princípios morais são constantemente postos a prova de todos.
Ao contrário de muitas produções de televisão que perdem o fôlego ao longo dos episódios, ou no seu final, “Castle Rock” superou todas as expectativas e conseguiu apresentar diferentes temáticas actuais dentro do género terror, sob pontos de vista muito diferentes.
Um dos aspectos que dá “ritmo” a série é o facto desta ser centrada nas relações humanas. Não é um terror habitual, como os habituados a ver no cinema em que criaturas fantásticas dão azo aos nossos receios. “Castle Rock” é mais humano. É o terror que existe dentro de cada um de nós, em especial os mais religiosos, que ganha asas de uma forma muito criativa, em que aspectos como o relacionamento entre as próprias personagens e o papel da família não são colocados de lado.
Actualmente renovado para uma segunda temporada, “Castle Rock” promete ser um desafio tanto para os seus produtores, como para o seu público alvo, que com a sua estreia aprendeu a gostar de um género, como o terror, muito preso aos “clichés” habituais. Que a próxima fase da série seja tão empolgante e misteriosa quanto a primeira.