Activistas pedem seriedade e justiça
Cerca de trinta activistas sociais concentraram-se sábado na Praça da Independência, em Luanda, numa manifestação exigindo um combate à corrupção “sério e justo”.
Os manifestantes permaneceram na Praça da Independência das 9h00 às 15h00, exibindo cartazes com dizeres que davam conta de uma alegada “farsa da luta contra a corrupção”, por se tratar “apenas de um filme”, segundo disseram.
Ao contrário das alegações dos manifestantes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) tem "em mãos", para a investigação e apuramento de factos, mais de 600 processos de alegados casos de corrupção.
Em declarações à Angop, Fernando Macedo, um dos promotores, lamentou que o combate à corrupção tenha levado a tribunal, até agora, apenas duas figuras do antigo Executivo, nomeadamente Norberto Garcia (do caso “Burla Tailandesa”) e Augusto Tomás (Caso CNC em julgamento no Tribunal Supremo).
Fernando Macedo defendeu uma “reforma” nas magistraturas Judicial e do Ministério Público, “afastando todos juízes e procuradores que beneficiaram da política de Acumulação Primitiva de Capitais”, por, alegadamente, estarem comprometidos.
Laura Macedo, também promotora, disse que conseguiram passar a mensagem para a necessidade de “a população se juntar à luta contra a corrupção”. Solicitou ao Presidente da República para que se “dispa da arrogância” e reafirme os métodos que tem para combater a corrupção.